Ministros das Finanças discutem plano de ajuda à Grécia

Os ministros das Finanças da zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda) debateram ontem caminhos para ajudar a Grécia. No entanto, eles não pretendem fornecer um pacote de socorro ao país, já que o governo grego não pediu dinheiro. Durante seu encontro mensal regular, os ministros se concentraram nas questões “técnicas” que podem surgir se a Grécia precisar de ajuda para financiar sua dívida, afirmou o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, que presidiu a reunião.

Se for necessário, os ministros das Finanças da zona do euro oferecerão ajuda bilateral à Grécia, disse Juncker. Ele observou que proporcionar uma garantia para a dívida do governo grego – outra opção de ajuda que foi considerada nas últimas semanas -, não será o mecanismo escolhido.

Juncker afirmou que a decisão final sobre uma ajuda financeira será deixada para os líderes da União Europeia, que devem se reunir nos dias 25 e 26 de março em Bruxelas, na Bélgica. Juncker destacou, no entanto, que a ajuda pode não ser discutida no encontro. “A mensagem para o mercado não é de que a Grécia será apoiada de qualquer maneira. A mensagem é de que a Grécia será apoiada se precisar”, ressaltou.

A Grécia tem tomado medidas na últimas semanas para reduzir seu déficit orçamentário, estimado em cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. Juncker e o Comissário Europeu para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, que também participou do encontro dos ministros, destacou que os cortes orçamentários planejados pelo país são plausíveis.

“Nós achamos que as medidas de consolidação adotadas pelo governo da Grécia são uma importante contribuição para uma melhora na posição fiscal da Grécia. Nós acreditamos que estas medidas devem reforçar a confiança nos mercados financeiros”, disse Juncker.

Greve

Hoje a Grécia apresenta à União Europeia seu plano para redução da dívida. Internamente, o governo enfrenta mais uma greve nacional de 24 horas, convocada pelo maior sindicato do setor público, o Adedy, em protesto contra as medidas de austeridade fiscal. As informações são do Dow Jones.

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