Ministro do Trabalho diz que não ficou surpreso com PIB de 0,4%

Brasília – O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, disse hoje não ter ficado surpreso com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,4% este ano, de acordo com a divulgação feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Ninguém tinha uma expectativa este ano muito elevada. São projeções ainda, vamos ver em quanto fecha o ano, mas ninguém nunca construiu uma expectativa muito alta. Sabíamos que este ano era duro e o quadro começou a se reverter a partir de outubro e novembro”, disse Jaques Wagner.

Segundo o ministro, o resultado ficou abaixo do desejo pelo governo, mas não da expectativa. Jaques Wagner disse no entanto que esse número não o assusta, “considerando as condições em que o atual governo recebeu o país”.

Mesmo com o quadro de crescimento de 0,4%, Jaques Wagner afirmou que desde o início do ano até outubro foram assinadas 910 mil novas carteiras de trabalho. E fez uma projeção: “acho que devemos fechar o ano na casa de um milhão de carteiras assinadas”.

As declarações do ministro foram dadas durante a reinauguração da Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda, em comemoração aos 73 anos do Ministério do Trabalho. A biblioteca guarda um milhão de documentos.

A biblioteca é mantida pelo governo federal e esteve fechada porque existiam problemas de perda de livros, que foi resolvido com a colocação de imãs nas obras. O custo total da reinauguração da biblioteca foi de R$ 300 mil. O ministro do Trabalho lembrou que esta foi a única obra física inaugurada no ministério desde o início do governo Lula, com o consentimento dos funcionários. “Foi a única obra admitida porque não tínhamos orçamento, mas era vontade dos funcionários. O conceito de educação não é só escola, mas também acesso à informação”, afirmou Jaques Wagner.

O ministro aproveitou a solenidade para fazer a transferência da edição da primeira CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que data da fundação da biblioteca, em 1943, de seu gabinete para a biblioteca. “Hoje queremos atualizar a CLT mantendo a mesma matriz que é a valorização dos trabalhadores”, disse o ministro.

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