Metalúrgicos ameaçam entrar em greve em Curitiba

Depois das negociações frustradas com o Sinfavea (entidade patronal que representas as montadoras da Grande Curitiba), realizada no último dia 18, os cerca de 9,2 mil metalúrgicos da Volkswagen-Audi, Renault e Volvo decidiram, em assembléia ontem, dar um prazo até o próximo dia 25 para que as reivindicações da categoria sejam atendidas. Os trabalhadores exigem 13% de reajuste salarial a serem aplicados já no mês de setembro.

O índice corresponde a 100% do INPC (a previsão do Dieese para o período é de uma inflação de 7,60%), 5% de aumento real, abono salarial de R$ 1,5 mil, além da extensão de todas as cláusulas fechadas com as montadoras de São Paulo para o Paraná. A data-base da categoria é em 1.º de setembro.

Uma nova rodada de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e o Sinfavea está marcada para o dia 25. Se até essa data não houver uma proposta, os metalúrgicos definirão, em assembléia no dia 26, um possível rompimento das negociações com o sindicato patronal. A partir daí, o reajuste passaria a ser negociado diretamente com as empresas.

No ano passado, os metalúrgicos da Volks-Audi e Renault fizeram greve de quatro dias. Como resultado, conquistaram 7,44% de aumento (4,82% do INPC + 2,5% de aumento real), além de um abono salarial de R$ 1,5 mil. Na Volvo, não houve paralisação.

Produção recorde

As montadoras de veículos atravessam a melhor fase de sua história, tanto na questão da produção quanto nas vendas. Levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, aponta que o Brasil já é o 6.º maior produtor de automóveis do mundo. Em julho, os números bateram novo recorde. Foram 320 mil veículos produzidos e 288 mil licenciados.