Meta fiscal será cumprida sem excessos

Brasília (AE) – O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, disse ontem que a meta de 4,25% de superávit das contas do setor público será cumprida sem excessos. Ou seja, o superávit, ao final do ano, não ficará acima da meta prevista, como ocorreu nos últimos anos.

Segundo o secretário, o resultado até outubro das contas do governo central (superávit de R$ 55,687 bilhões) está em linha com o cumprimento da meta. O superávit acumulado já está R$ 5,687 bilhões acima da meta de R$ 50 bilhões prevista para todo ano. Mas como, sazonalmente, o resultado de dezembro é deficitário, por causa das despesas com o pagamento do 13.º salário e férias, a folga será consumida.

Estatais

Kawall enviou um recado às estatais federais: ?Elas terão que cumprir a meta de R$ 17,7 bilhões de superávit prevista para este ano?. Segundo ele, o governo central (Tesouro, INSS e BC) não fará um superávit maior do que o previsto para compensar um resultado menor das estatais federais.

?As estatais federais estão com um superávit um pouco abaixo do resultado do necessário para o cumprimento das metas. Há um compromisso que elas vão, nos dois últimos meses do ano, tirar essa diferença, porque a intenção do governo central não é fechar o ano com excesso em relação à sua própria meta?, ressaltou.

PPI

A execução financeira do Projeto Piloto de Investimento (PPI) de janeiro a outubro deste ano já soma R$ 2,2 bilhões, informou Kawall. Desse total, R$ 2 bilhões são passíveis de redução da meta de superávit primário. No ano passado, esses investimentos passíveis de serem excluídos da meta somaram R$ 409,6 milhões. A previsão até o final do ano, informou Kawall, é de que a execução do PPI chegue a R$ 3 bilhões.

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