Mercado volta a reduzir estimativa de inflação

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) de manter a taxa básica de juros em 26,5% surtiu efeito sobre a inflação já na semana passada. A pesquisa feita pelo BC com instituições financeiras e empresas de consultoria durante a semana passada mostra que os analistas de mercado reduziram pela quarta semana consecutiva a projeção de inflação deste ano. Para 2004, entretanto, o índice projetado permaneceu em 7,6%.

Pelos dados divulgados ontem, a expectativa para o IPCA, índice oficial, passou de 12,19% para 12,13% neste ano, acima da meta ajustada de 8,5%.

A queda ainda não reflete integralmente a decisão do Copom, anunciada na tarde de quarta-feira. O impacto da manutenção dos juros sobre as estimativas de inflação deve ser integralmente contabilizado a partir da próxima semana.

A pesquisa aponta também que os analistas reduziram a previsão de superávit da balança comercial para o ano que vem, mas mantiveram o mesmo número – US$ 16 bilhões – para 2003. Em 2004, as exportações de produtos brasileiros devem superar as importações em US$ 15,78 bilhões, abaixo dos US$ 15,9 bilhões previstos anteriormente.

Apesar da manutenção da perspectiva para a balança comercial neste ano, os analistas aumentaram a estimativa para o déficit em conta corrente do País neste ano e em 2004.

Os dados da conta corrente brasileira incluem os números da balança comercial e de serviços e as transferências unilaterais de recursos. Pelos dados apresentados ontem, a previsão de déficit neste ano passou de US$ 3,72 bilhões para US$ 3,8 bilhões, enquanto que, para 2004, a estimativa subiu de US$ 4,6 bilhões para US$ 4,7 bilhões.

Nos demais indicadores, os analistas mantiveram os principais números. A cotação do dólar, por exemplo, mantida em R$ 3,30 para este ano e em R$ 3,50 para 2004. O volume de investimentos estrangeiros diretos continuou em US$ 12 bilhões e US$ 14,5 bilhões para 2003 e 2004, respectivamente.

A estimativa de crescimento da economia brasileira continuou em 1,9% neste ano e 3% em 2004.

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