Mercado sobe previsão de inflação para 2005

Os analistas do mercado financeiro elevaram a previsão em relação ao índice que mede a inflação oficial do País. De acordo com o boletim Focus, feito semanalmente pelo Banco Central, a expectativa de inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 5,83% para 5,88%. Esse valor está acima do objetivo do BC, que é uma inflação medida pelo IPCA de 5,1% em 2005. Para o ano que vem, a expectativa do mercado foi mantida em 5%. A meta de inflação em 2006 é de 4,5%.

Em relação aos juros, a previsão para a taxa básica da economia, a Selic, foi mantida em 19,25% ao ano. A Selic já está neste nível desde a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), em março. Desde setembro o Copom já realizou sete altas consecutivas na taxa.

Ao elevar os juros, o Copom deixa o crédito mais caro. Assim, a tendência é que o consumo caia. Com consumo menor, a autoridade monetária consegue assegurar a estabilidade da moeda. No entanto, o movimento de aumento da Selic, iniciado em setembro, tem demorado a surtir efeito das previsões de inflação por parte dos agentes de mercado.

Até o final do ano os analistas esperam que a taxa recue para 17,5% – mesma previsão da semana anterior. Também ficou inalterada a estimativa para 2006, que é uma Selic de 15% ao ano.

Sobre o crescimento da economia, os analistas esperam que o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por uma país) tenha um aumento de 3,69% neste ano, praticamente estável na comparação com a previsão da semana anterior, 3,67%.

Para a produção industrial, a expectativa é que ela cresça 4,79% – contra 4,75%.

Em relação ao comércio exterior, os analistas elevaram novamente a previsão de superávit comercial – saldo positivo entre exportações e importações? para US$ 29,84 bilhões, ante US$ 29 bilhões.

Para o ano que vem, os analistas esperam que a balança comercial tenha no final de 2006 um saldo de US$ 26 bilhões, ante US$ 25,15 bilhões da pesquisa anterior.

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