Médicos vão ao Procon contra ajuste nos planos

O Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) entra amanhã com uma ação no Procon-PR, às 14h, contra os reajustes promovidos pelas operadoras de planos de saúde. Além disso, a entidade também deve entrar com a mesma representação no Ministério Público do Estado, destacando os aumentos abusivos praticados pelos planos de saúde junto aos consumidores, e defendendo a qualidade dos serviços prestados pelos planos, sem prejudicar os usuários. Os representantes do Simepar se reúnem com o presidente do Procon-PR, Algaci Túlio para um debate sobre a situação dos consumidores.

De acordo com o presidente do sindicato, Mário Antônio Ferrari, há cerca de dez anos os médicos não recebem um reajuste dos planos de saúde. Ele destaca que a pretensão de reajuste, que varia entre 80% a 100%, fere os direitos dos consumidores.

Outra exigência, há bastante tempo reivindicada pela categoria, diz respeito à implantação da classificação hierárquica de procedimentos médicos (CBHPM). “Os reajustes são realizados, mas os médicos acabam sem alteração no preço das consultas. Isso tem que acabar. Já estamos muito tempo sem receber um reajuste”, diz.

O sindicato também ressaltou que a justificativa dada pelos planos de saúde para o aumento abusivo, seria decorrente dos valores repassados aos médicos. Segundo a entidade, os planos pagam em média R$ 23 reais para cada consulta. “Temos que dar um basta nessa situação. Que seja adotada a classificação hierarquizada de honorários, para que tudo volte a funcionar normalmente, sem o usuário sair prejudicado. Eles alegam que o reajuste seria repassado aos médicos. Isso nunca aconteceu e até agora nada foi feito nesse sentido”, conta.

Ferrari destaca que o Simepar está em negociação com os planos desde o ano passado. Ele ressalta que os usuários saem prejudicados, pois as empresas interferem na relação, afastam o paciente do médico, cobram o atendimento, mas não remuneram os profissionais. “Queremos resgatar a qualidade dos serviços complementares de saúde. Do jeito que está, a situação não pode continuar”, completa.

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