Max Rosenmann cobra posição do Mercosul contra embargo da UE

Durante reunião do Parlamento do Mercosul em Montevidéu – Uruguai, o deputado federal Max Rosenmann (PMDB) – foto – apresentou proposta de moção que condena o embargo à importação de carne bovina brasileira, determinado pela União Européia no último dia 1º de fevereiro. Na proposta, Max, que é deputado do Mercosul, lembra que as normas e princípios do comércio internacional, incluindo as regras da Organização Mundial do Comércio, rejeitam a prática de atos que atentem contra a liberdade do comércio.  E que, além do Brasil, ou-tros estados integrantes do bloco econômico do Cone Sul são grandes exportadores de carne para a UE.

A intenção do deputado é que o Mercosul se posicione como bloco econômico, e deixe claro sua oposição às recentes medidas da União Européia, que visam a dificultar o acesso da carne bovina brasileira ao mercado europeu "sob a falsa alegação de que o Brasil deixou de cumprir com compromisso anteriormente assumido". Para Max, a liberdade do comércio internacional não deve ser maculada por ações unila-terais de caráter discriminatório.

O paranaense considera ainda que o Mercosul deve manifestar claramente sua posição em defesa do livre acesso aos mercados e do respeito às regras da Organização Mundial do Comércio. É sua convicção de que a carne bovina exportada pelo Brasil e pelos demais estados integrantes do Mercosul é submetida às rigorosas normas sanitárias internacionais, estando, portanto, apta a ser comercializada e consumida em qualquer parte do mundo.

 A estratégia do deputado é utilizar os meios de que dispõe o Parlamento representante do bloco econômico para cobrar esclarecimentos precisos sobre tudo o que envolve essa polêmica, e verificar quais os reais interesses envolvidos. Oficialmente, as vendas foram suspensas porque o Brasil entregou em janeiro uma lista de fazendas aptas a vender para a Europa em número superior ao esperado pelos europeus em um acordo assinado com produtores do País. Os produtores brasileiros, porém, afirmam que por trás dessa questão existem interesses protecionistas de fazendeiros da Irlanda e da Escócia contra a carne brasileira, mais barata.    

Max considera que a interferência do Parlamento do Mercosul pode ajudar a resolver o problema e fazer com que as negociações para o fim do embargo avancem mais rapidamente. "Até porque, o Mercosul, como bloco econômico emergente, tem um peso significativo e pode cobrar com autoridade da União Européia uma postura justa em relação a carne produzida por seus países membros. Queremos que a União Européia explique ao Mercosul por que tomou essas medidas e se elas são justificáveis perante as regras do comércio internacional", diz.

Voltar ao topo