PESO NO BOLSO

Mantega: sem transportes e alimentação, inflação estaria em 4,76%

Mantega explicou que é normal no início do ano a ocorrência de problemas climáticos, como as chuvas, que pressionam os preços dos alimentos. Ele lembrou que no período também há reajustes nas tarifas dos transportes, que acabam influenciando a alta de preços. O setor da educação, em função dos reajustes de mensalidades e matrículas, também tem impacto na inflação, destacou o ministro.

“Os fatores sazonais têm um peso e, quando termina o período da chuva, temos uma redução no preço dos alimentos”, afirmou ele, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Para Mantega, porém, este ano as chuvas se prolongaram e a pressão continuou. “Durante o período de chuva você não consegue controlar uma série de preços.”

O ministro também destacou os reajustes de álcool combustível, que teve o maior preço em abril devido à entressafra. Ele lembrou ainda que o consumo de etanol aumentou, assim como o preço do açúcar. Com esse item mais caro, muitos produtores preferiram investir nele e não no álcool.

Para Mantega, este mês os preços começam a voltar ao normal, processo que deverá seguir até julho. “O governo está trabalhando para a regulamentar do setor”, acrescentou o ministro.