O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o mercado já está caminhando para a normalidade e que a turbulência serviu para demonstrar que ?o País (a economia) está sólido. A única pena é que o dólar já está caindo?.
Mantega salientou que, desde o princípio, considerou que a turbulência era passageira e que não afetaria o Brasil de forma importante. ?Quem tem que se preocupar, neste momento, é quem tem falta de moeda forte. Nós temos sobra?, disse, fazendo referência à boa saúde das contas externas brasileiras.
Apesar de ter lamentado a queda do dólar, ao ser questionado se R$ 2,40 – cotação de fechamento do dólar no dia 24 – seria o preço ideal, Mantega preferiu respondeu que não existe um patamar ideal. ?Senão vão dizer que o ministro da Fazenda está mirando uma meta. E não tem meta para o dólar. É aquilo que resultar das relações de mercado?, afirmou.
Em relação à mudança de estratégia do Tesouro Nacional na realização de leilões de títulos públicos, Mantega disse que ela foi necessária para ?dar conta de uma situação um pouquinho mais estressada, para acalmar os investidores e dar mais segurança a eles?.
O ministro, no entanto, disse que a volta da venda de LFT a partir de junho não significa nenhum retrocesso. ?É uma resposta pontual que tinha que ser dada. Isso não quer dizer que vamos voltar a emitir LFT adoidados?, afirmou.
O ministro lembrou que a participação das LFTs na composição da dívida tem caído, enquanto que os papéis prefixados já significam cerca de 30% do total. ?Já houve um grande avanço e continuaremos nessa direção. Episodicamente, pode acontecer de haver um retrocesso para atender a uma situação especial. Mas a situação já está passando e vamos continuar na nossa rota?, afirmou.