Mantega descarta risco de ‘doença holandesa’ no Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira (17) que a economia brasileira não passa pelo processo conhecido como "doença holandesa" (quando ocorre a desindustrialização da economia motivada por dependência apenas de recursos naturais). "Não há doença holandesa, talvez doença chinesa", afirmou, referindo-se à concorrência aos produtos chineses com a indústria nacional no mercado local. Segundo o ministro, o principal indício da inexistência da doença holandesa é o fato de indústria manufatureira estar crescendo 7% ao ano, beneficiada pelo mercado interno.

O tema doença holandesa será discutido amanhã em um dos painéis do 4º Fórum Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no qual Mantega foi um dos palestrantes hoje. Falando sobre o mercado interno, o ministro afirmou que o País vive "uma boa conjugação" entre a formação bruta de capital fixo, que crescerá mais de 10%, e o Produto Interno Bruto (PIB), com alta acima de 5%.

Para Mantega há necessidade de consolidar essa expansão. "O Brasil precisa crescer 5% por muitos e muitos anos", afirmou o ministro. Mantega enumerou o que chamou de os desafios mais imediatos: reforma tributária, aprovação da CPMF, desoneração do investimento e aumento dos investimentos em, infra-estrutura. O ministro finalizou sua exposição dizendo que em 2008 todo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estará "em franca atividade".

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