Manejo de palmito dá dinheiro a produtores

O palmito está se tornando uma alternativa rentável para os produtores da Região do Alto Vale do Ribeira. Para o início da atividade, a Emater distribuiu cem mil mudas de palmeira real e pupunha, com recursos do Paraná 12 Meses. Com este trabalho, a empresa de extensão rural evita a extração do palmito nativo, ação muito praticada na região.

Para acompanhar o desenvolvimento das plantações, a Emater implantou uma unidade de estudo com palmito cultivado. “Enquanto o palmito juçara é cortado apenas com nove anos, o palmito da palmeira real e da pupunha é colhido em três anos”, explica o técnico em agropecuária Everaldo Ferreira Bastos, da Emater, que dá assistência aos produtores de palmito de Adrianópolis.

No final de maio, os produtores se organizaram e montaram a Associação de Produtores de Palmáceas do Alto Vale do Ribeira, que reúne produtores de São Paulo e Paraná. A Emater vai dar assistência técnica e consultoria aos 70 associados que pretendem desenvolver o plantio de palmito na região.

O objetivo da associação é contribuir para o fomento e a racionalização das atividades com palmáceas. “A idéia é atuar com espécies cultivadas e nativas. A associação vai orientar os produtores interessados em cultivar palmitos para a agroindustrialização, reposição florestal, ou mesmo espécies ornamentais”, diz Cirino Correa Junior, agrônomo da Emater, responsável pelo trabalho com palmitos cultivados.

Agricultores de Tunas do Paraná, Cerro Azul, Bocaiúva do Sul, Ribeira, Itaóca, Apiaí, Barra do Chapéu, Itapirapuã Paulista, Iporanga e Barra do Turvo estão unidos neste trabalho. Dois produtores já montaram um viveiro, em Adrianópolis, com capacidade para produzir um milhão de mudas de palmeira real.

A Prefeitura de Adrianópolis já colocou à disposição dos interessados uma estrutura de beneficiamento agroindustrial, com capacidade para produzir 60 mil latas /mês. No próximo ano, os agricultores vão entregar palmito na indústria. “Há uma grande demanda para o produto, mas ainda não temos produção suficiente, situação que deve mudar com o aumento do plantio”, afirma Everaldo.

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