Lula afirma que não faltará energia

 Foto: Agência Brasil

Lula: "Para que não falte depois, precisamos fazer o que estamos fazendo no PAC".

São Paulo – O presidente Luiz Ignácio Lula da Silva garantiu que até 2012 não faltará energia elétrica no País. Em entrevista concedida à imprensa ontem na sede da Siemens, em Jundiaí (SP), Lula afirmou: ?Com toda garantia, até 2012 não faltará energia. E para que não falte depois, nós precisamos fazer o que estamos fazendo no PAC?, destacou.

 Ao descartar um apagão no setor elétrico brasileiro, Lula disse que o Programa de Aceleração do Crescimento já está em execução e com obras neste setor. A declaração foi uma resposta à cobrança que recebeu da direção da Siemens para que o PAC seja colocado rapidamente em execução. O presidente esteve na sede da Siemens para participar da inauguração das novas instalações de geração, transmissão e distribuição de energia da empresa.

Segundo Lula, sua administração ?vai fechar o ano de 2007 com 23% de tudo o que foi feito no Brasil, em 123 anos, na área de linhas de transmissão de energia?. Além disso, Lula informou que outros 8.819 quilômetros de linhas de transmissão serão concluídos até 2010.

Lula disse que sua administração acompanha a situação energética no Brasil com uma perspectiva futura de dois anos, para que não ocorra problemas na área. Ele anunciou também que seu governo vai preparar leilões de transmissão de energia para 9.637 quilômetros.

O discurso de Lula durou cerca de meia hora e boa parte dele foi dedicada a um balanço das ações de sua administração, sobretudo no campo energético. Segundo o presidente, das 459 ações na área de infra-estrutura energética do PAC, 39% já estão em obras. Ele citou, também, que neste setor existem 279 ações com projetos já licitados. Na área de geração de energia, Lula disse que existem 56 projetos de hidrelétricas, 17 em estudo e elaboração, 18 em estudos de viabilidade, com a licença ambiental já aprovada, e três grandes hidrelétricas em construção.

Sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente disse que não se trata de um programa seu ?mas da sociedade brasileira?. Segundo ele, ?se for cumprida sua programação, quem ganha não é o presidente da República, mas toda a nação?, acentuou, respondendo cobranças feitas pela direção da Siemens.

O presidente falou, ainda, sobre a paralisação dos funcionários do Ibama. Segundo ele, a greve não vai prejudicar a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conforme previsão de alguns setores empresariais. Para Lula, a greve é uma injustiça com a ministra do meio ambiente, Marina Silva. ?O Ibama está sendo injusto com a ministra Marina?, afirmou.

Lula também condenou a suposta divergência entre Marina Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre a liberação do licenciamento ambiental para a construção de duas hidrelétricas no Rio Madeira. Segundo o presidente, o PAC é muito importante, mas não é possível prosseguir com obras sem se respeitar o meio ambiente. 

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