Lobão confirma aumento da mistura de biodiesel no diesel

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou nesta quarta-feira, 28, a elevação de 5% para 6% da mistura do biodiesel no diesel a partir de 1º de julho. A partir de 1º de novembro, a mistura aumentará de 6% para 7%, informou o ministro.

“A elevação está perfeitamente alinhada à política brasileira de diversificação da matriz energética, com ênfase em energias renováveis e limpas”, disse Lobão, que participa na manhã desta quarta-feira, 28, de cerimônia no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o ministro, o aumento da mistura do biodiesel no diesel permitirá uma “redução significativa” na emissão de gás carbônico, contribuindo para o Brasil atender metas nacionais e internacionais em políticas de mudanças climáticas.

“A nova mistura possibilitará a plena utilização da capacidade de produção instalada no Brasil. Atualmente, temos 57 unidades aptas a processar cerca de 7,5 bilhões de litros (de biodiesel) por ano”, destacou Lobão. “Com a medida de hoje, deixaremos de importar 1 bilhão e 200 milhões de litro de diesel por ano.”

No fim do mês passado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reforçou em audiência na Câmara dos Deputados que a companhia trabalha para ampliar a participação no setor de biodiesel no diesel. “Trabalhamos para ter uma participação maior do biodiesel no diesel. Tenho satisfação com o programa do Biodiesel”, afirmou Graça na ocasião.

Agricultura familiar

No início do discurso, Lobão destacou que um dos melhores resultados da inclusão do biodiesel na matriz energética nacional foi a “alavancagem da agricultura familiar”, criando “amplas oportunidades” para pequenos produtores, o que contribuiu para gerar renda e riqueza em todo o País.

“Gradativamente, o governo criou mecanismos para desenvolver de maneira sustentada a indústria desse biocombustível com o aperfeiçoamento continuo do arcabouço legal do programa que o instituiu. Sucessivamente foi ampliada a mistura (do biodiesel) ao diesel, proporcionando a solidificação de um mercado com capacidade de produção suficiente pra assegurar o abastecimento do País”, disse.

Lobão lembrou ao fim do discurso que o etanol, hoje, está presente em 25% da gasolina, o que também diminui as necessidades brasileiras de importação do combustível.

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