IPCA-15 já aponta para nova deflação em julho

Rio – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou deflação de 0,18% em julho, enquanto no mês de junho o resultado foi positivo (0,22%). Segundo o IBGE, os preços para cálculo foram coletados no período de 13 de junho a 14 de julho e comparados com os vigentes de 16 de maio a 12 de junho. Com a taxa de julho, o acumulado do ano ficou em 7,56% e o dos últimos doze meses, 16,01%.

Os preços dos alimentos, que haviam crescido 0,30% em junho, tiveram variação de -1,02%. A maioria apresentou variação negativa, com destaque para o tomate (-27,83%), cebola (-20,01%), batata-inglesa (-18,88%), açúcar cristal (-11,34%) e feijão carioca (-10,62%). Os principais itens com variações positivas mostraram desaceleração na taxa de crescimento em relação ao mês anterior. É o caso do arroz (de 13,39% para 1,30%) e do leite pasteurizado (de 3,01% para 0,64%).

A gasolina manteve os preços em queda: -4,36% em junho e -4,51% em julho. O álcool, da mesma forma, continuou caindo: -7,19% em junho e -11,56% em julho. O cigarro (-3,43%) e o gás de cozinha (-0,28%) também tiveram resultados negativos.Os artigos de vestuário, que, em junho, haviam aumentado 1,93%, com a entrada da nova coleção no mercado, passaram para 0,85%.

As contas de condomínio, que haviam aumentado 3,06% em junho, tiveram variação de 0,68%, refletindo o aumento do salário mínimo ocorrido em abril, além de outros custos. Já a variação do salário de empregado doméstico aumentou de 0,29% para 1,24%, reflexo do reajuste do mínimo. Ficaram mais caros, também, os serviços de telefonia fixa (4,55%), em razão do reajuste que passou a vigorar a partir do final de junho.

Dos índices regionais, a maior queda foi registrada em Belém (-0,69%), onde os preços dos alimentos chegaram a atingir variação negativa de 2,93%. Somente Belo Horizonte (0,15%) e Salvador (0,16%) apresentaram índices positivos.

O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O índice é calculado com a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.

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