Inflação desacelera na Grande Curitiba

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de maio para junho, passando de 0,95% para 0,69% na Grande Curitiba e de 0,79% para 0,74% na média nacional.

Com esse resultado, a inflação acumulada no primeiro semestre é de 3,64% em nível nacional – acima dos 2,08% registrados no mesmo período do ano passado. Na capital paranaense, a inflação acumulada é ainda maior, de 3,87%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais uma vez, os alimentos figuraram como os vilões da inflação. Em junho, eles tiveram alta de 2,11% em nível nacional, respondendo por 63% do resultado do IPCA. Em maio, a alta havia sido de 1,95%.

Já na Grande Curitiba, o impacto dos preços dos alimentos foi um pouco menor: alta de 1,62%. Entre os grupos que puxaram o índice, destaque para o dos cereais, leguminosas e oleaginosas (onde se incluem o arroz e o feijão), que ficou 14,55% mais caro.

As carnes também tiveram alta, de 4,43%, além dos produtos panificados (2,87%) e do leite e seus derivados (1,14%). Por outro lado, ajudaram a conter os preços as hortaliças e verduras, com queda de 2,36% e as frutas (-4,42%).

Em Curitiba, outros grupos tiveram pouca variação nos preços em junho. Caso da habitação, com alta de 0,20%, dos artigos de residência (0,44%) e do vestuário (0,34%). Na ponta contrária, os preços dos combustíveis tiveram queda de 0,29%.

País

Segundo o IBGE, o arroz com feijão ficou bem mais caro de maio para junho. Pagando 9,90% a mais pelo quilo do arroz, que já subiu 38,21% no ano de 2008, o consumidor teve que deixar mais 7,54% no quilo do feijão preto, enquanto o tipo carioca teve seu preço acrescido de 15,55%. Individualmente, porém, o item carnes ficou com a maior contribuição: 0,14 ponto percentual (variação de 6,91%).

O aumento nos preços dos alimentos atingiu todas as regiões pesquisadas no IPCA. Com a alta de junho, esse grupo já acumula 8,64% em 2008, bem acima de igual período do ano passado (3,93%).

Já os produtos não-alimentícios tiveram aumento de 0,34% em junho, menor que o de maio (0,46%). Entre as maiores variações dos não-alimentícios, os destaques foram gás encanado (com alta de 8,76%), gás veicular (8,31%), passagens aéreas (3,70%), artigos de higiene pessoal (1,29%), artigos de limpeza (1,33%) e salário de empregado doméstico (1,04%).

Quanto aos combustíveis, não houve variação de maio para junho, já que as altas do gás veicular (8,31%) e óleo diesel (1,53%) compensaram as quedas nos preços do álcool (-1,94%) e gasolina (-0,08%). Em relação às regiões pesquisadas, Porto Alegre (0,90%) apresentou a maior alta no IPCA de junho. O menor resultado ficou com a região metropolitana de Belém (0,41%).

Semestre

Com uma variação acumulada de 8,64%, os alimentos tiveram o maior impacto no IPCA do primeiro semestre de 2008: representaram 1,88 ponto percentual do índice de 3,64%.

O segundo maior impacto no acumulado no ano ficou com o grupo saúde e cuidados pessoais, que, com um aumento de 3,47%, respondeu por 0,37 ponto percentual. Já a maior contribuição individual para o IPCA do primeiro semestre veio das refeições fora do domicílio: 0,30 ponto percentual (variação acumulada de 7,94%).

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