Indústria brasileira cresce 5,9% nos primeiros dez meses do ano, divulga IBGE

Rio de Janeiro – A indústria brasileira fechou os dez primeiros meses do ano com crescimento acumulado de 5,9% – com expansão em todos os locais pesquisados, com exceção do Ceará, que registrou crescimento nulo (0,0%).

Para a economista da coordenadoria de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Denise Cordovil, o crescimento está ligado à demanda interna.

?Ainda que as exportações continuem dando uma contribuição positiva, este crescimento da indústria de janeiro a outubro está diretamente associado à força da demanda interna. Alguns fatores que tem dado estímulos à atividade industrial este ano, como a ampliação do investimento, o aumento da oferta de crédito e a expansão da renda e do emprego têm contribuído para o avanço da produção nacional ao longo de 2007?.

Na avaliação do IBGE, o quadro é ?amplamente positivo?, com quatro dos 14 locais pesquisados apresentando resultados superiores à média nacional: Minas Gerais (8,6%); Rio Grande do Sul (7,9%); Paraná (7,6%); e Espírito Santo (6,1%).

Nos três primeiros estados, as taxas mais elevadas refletem o aquecimento da demanda interna por bens duráveis (automóveis e autopeças), a recuperação do setor agrícola (principalmente máquinas para a agricultura) e as vendas externas de commodities (minério de ferro, açúcar e carnes de aves, entre outros).

Ainda com taxas próximas à média nacional de 5,9% figuram São Paulo (5,8%) e Santa Catarina (5,7%). As demais taxas variam entre os 4,6% de crescimento da indústria de Pernambuco e os 1,3% da Bahia.De setembro para outubro deste ano, ainda segundo o IBGE, o  crescimento de 2,8% na produção industrial reflete expansões no parque fabril em 13 das 14 regiões pesquisadas.

Neste caso, a única exceção foi o estado de Pernambuco, que teve queda na produção de 1,3%. Em contrapartida, o Paraná foi, nesta base de comparação, o principal e o único estado com aumento de dois dígitos: 13,6%.

Outras cinco regiões envolvidas na pesquisa também apresentaram resultados superiores à média nacional de 2,8%: Rio de Janeiro (8,5%), Espírito Santo (6,6%), Amazonas (5,4%), Goiás (3,9%) e Bahia (3,0%).

Em São Paulo, o principal parque fabril do país, o crescimento foi de 1,5%; no Rio Grande do Sul (2,8%); Minas Gerais (2,3%); Pará (2,0%); Santa Catarina (1,4%); Ceará (0,5%). A região Nordeste, como um todo, cresceu 1,3%.

Em relação a outubro do ano passado, os índices apresentaram um quadro positivo, com crescimento nos 14 locais pesquisados, com cinco deles atingindo taxa de dois dígitos.

Os estados do Amazonas (15,4%), Paraná (14,4%), Rio Grande do Sul (11,3%), São Paulo (11,1%) e Santa Catarina (10,6%) apresentaram crescimento acima da média nacional (10,3%).

Abaixo da média do país, mas com taxas também elevadas, figuram Minas Gerais (9,8%) e Espírito Santo (9,2%). Os demais resultados foram: Goiás (5,3%), Rio de Janeiro (5,1%), Pará (4,6%), Bahia (4,2%), Ceará (3,7%), região Nordeste (3,4%) e Pernambuco (1,3%).

Para a economista do IBGE, os dados de outubro apontam para um dinamismo da produção brasileira.

?O que os dados de outubro mostram é que a produção industrial continua mostrando dinamismo nesses dez primeiros meses do ano, com a maior parte dos setores apresentando crescimento significativos. Embora eu não tenha como fazer previsão sobre os próximos dois meses, a gente já observou que ao longo de 2007 ocorreu um quadro de expansão generalizada entre os segmentos e entre os locais pesquisados?, afirma Denise Cordovil.

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