IBGE: alta da renda em outubro é a maior desde 2006

O aumento de 6,5% no rendimento médio real (descontada a inflação) dos ocupados em outubro, na comparação com outubro do ano passado, representou a maior variação na renda apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ante igual mês do ano anterior, desde junho de 2006. A informação é do gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), Cimar Azeredo. Em outubro, o rendimento médio real da população ocupada nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em R$ 1.515,40, superior também a setembro (0,3%).

Segundo Azeredo, o maior aumento da renda registrado em 52 meses reflete a inflação sob controle e, sobretudo, o aumento do salário mínimo. “Os dados mostram que os rendimentos mais vinculados ao mínimo estão subindo mais”, disse. Outro fator citado por ele é o aumento da qualidade do emprego. “A maior formalidade eleva os ganhos do trabalhador”, acrescentou.

Na média de janeiro a outubro de 2010, o rendimento médio real ficou em R$ 1.461,92, acima do mesmo período do ano passado (R$ 1.414,77). É também o maior rendimento médio real, desde o início da série da pesquisa, para esse período.

Taxa de desemprego

Azeredo disse ainda que a taxa de desemprego apurada em outubro, de 6,1%, a menor taxa mensal da série histórica iniciada em 2002, ficou “estatisticamente estável” em relação à taxa de setembro (6,2%). Por sua vez, a taxa média de desemprego no acumulado de janeiro a outubro deste ano é de 7,0%, também a menor para o período desde o início da série histórica e bem menor que a apurada de janeiro a outubro do ano passado (8,3%).

“O ano de 2010 deve fechar com taxa menor do que a apresentada em 2009. Em termos de desocupação, o quadro este ano é sem dúvida mais favorável do que no ano passado”, disse. A taxa de desemprego anual fechada de 2009 foi de 8,1%. “A expectativa é de que, como ocorre tradicionalmente na série histórica, as taxas de novembro e dezembro de 2010 sejam mais baixas que em outubro”, afirmou. Ele lembrou que dezembro apresenta sempre a taxa mais baixa do ano, em função da contratação de trabalhadores temporários.