Grécia deve fazer tudo para evitar default, diz ministro

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, disse hoje que o novo governo do país deve fazer tudo para evitar um default. “O governo tem um mandato específico, um prazo fixo. O mandato, como concordamos, é para completar a implementação da decisão de 26 de outubro”, disse Venizelos a deputados no parlamento grego.

A prioridade foi tomar as medidas necessárias para receber a sexta tranche, de ? 8 bilhões, do primeiro resgate, disse o ministro. “A questão se evitamos a falência deve receber uma resposta positiva, mas, para respondê-la, precisamos fazer tudo o que é exigido imediatamente, agora (…) para receber a tranche antes do dia 15 de dezembro. Enquanto todas exigências legislativas foram alcançadas, as políticas também precisam ser”, afirmou Venizelos, referindo-se às exigências da União Europeia (UE) de uma carta de comprometimento com o programa por parte dos líderes gregos.

Os fundos do novo resgate de ? 130 bilhões e os detalhes do que deve ser trabalhado entre a Grécia e a troica de credores oficiais (UE, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) manteriam o país na virada do ano, disse o ministro. “A próxima tranche (de fevereiro de 2012) não é de ? 8 bilhões, mas acima de ? 80 bilhões, sendo ? 30 bilhões para recaptalização dos bancos, sem o que não podemos organizar o PSI (envolvimento do setor privado)”, disse. Além disso, o país precisa de ? 15 bilhões em março para pagar o vencimento de bônus, assim como ? 15 bilhões para incentivar a liquidez de mercado.

Venizelos anunciou que o rascunho do orçamento de 2012 será levado à votação no parlamento na sexta-feira e refletirá um movimento para alcançar o superávit primário. Ele também afirmou que o novo orçamento seria testemunho dos efeitos benéficos do PSI sobre os custos da dívida.

Ele expressou preocupação sobre os desdobramentos na Itália e na zona do euro. “Neste momento, dois países com mais de 40% do total da dívida da zona do euro estão sendo alvo”, acrescentando que houve um “mal-estar” sobre o progresso na finalização do fundo de resgate transitório da zona do euro, a Linha Europeia de Estabilidade Financeira (EFSF, em inglês), e seu mecanismo permanente de resgate, o Mecanismo Europeu de Estabilidade. As informações são da Dow Jones.