O governador Roberto Requião comentou na Escola de Governo ontem, em Curitiba, os resultados negativos dos exames realizados com 48 amostras coletadas de animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira. ?Os últimos testes também são negativos. Aliás, todos os testes deram negativo?, disse. O governador voltou a falar da postura do Ministério da Agricultura em considerar o Paraná como foco de aftosa. ?Insistem em colocar o Paraná na zona com febre aftosa. É inexplicável a posição do Ministério?, ressaltou.
O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, também ressaltou a inexistência da febre aftosa, conforme mostram os laudos. Pessuti lembrou que o governo do Paraná agiu com transparência ao notificar a suspeita da doença no Estado.
?Poderíamos ter colocado o problema para debaixo do tapete. Mas, não. Desde que tivemos a suspeita, agimos com transparência?, disse. O secretário ainda destacou que os exames com animais da Fazenda Bonanza, localizada em Eldorado (MS), também têm dado negativo. ?E nossos animais suspeitos vieram de lá?, lembrou.
Pessuti deve se reunir com o ministro da Agricultura, Roberto Rodriques, hoje, em Brasília. Segundo o secretário, o governo do Paraná vai tentar anular administrativamente a declaração da existência de febre aftosa no Estado. ?O Paraná deverá ir à Justiça para que os prejuízos sofridos pelos paranaenses possam ser ressarcidos?, disse.
Pessuti também comentou que se a declaração de foco não for revogada via administrativa, será por meio da Justiça. ?Os exames mais eficazes e conclusivos estão dizendo que não tem febre aftosa no Paraná. Até hoje, não se comprovou a existência da doença no Estado. Com todo o problema do Mato Grosso o Sul, se não tivéssemos feito o que fizemos anteriormente, com certeza, a febre aftosa teria vindo para cá?, concluiu.