A Ferroeste, que atualmente trabalha em um projeto de expansão, pretende iniciar em 2010 a construção do ramal ferroviário Guarapuava-Paranaguá, que terá 355 quilômetros de extensão (sendo 100 quilômetros de serra: 30 na Serra da Esperança e 70 na Serra do Mar). O anúncio foi feito ontem pelo presidente da empresa, Samuel Gomes, na escola de governo do estado Paraná, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.
O novo ramal deve permitir a ligação do porto de Paranaguá com a região Centro-Oeste do país, dando acesso à ferrovia Norte-Sul. Além disso, irá permitir melhor acesso ao porto às cargas movimentadas na hidrovia do rio Paraná.
“Com a ferrovia atual, a distância entre Cascavel e Paranaguá é de 738 quilômetros. Com o ramal Guarapuava-Paranaguá, esta distância será reduzida em 125 quilômetros”, disse Samuel.
Segundo o presidente da Ferroeste, hoje o ciclo de um vagão que vai de Cascavel a Paranaguá varia de oito a dez dias. Com o novo ramal, este ciclo deve passar a ser de apenas dois dias.
“Também vamos gerar uma economia de frete, o que representa economia no bolso do produtor. O frete médio atual é de R$ 55,00. Com o novo ramal, a estimativa é de que seja de cerca de R$ 38,00.”
O ramal deve ter custo de cerca de R$ 1 bilhão, com tempo de pagamento estimado de vinte anos. A obra deve ser financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A infraestrutura de transporte do Paraná deve ser estendida para atender às necessidades de crescimento e desenvolvimento. O novo ramal irá viabilizar o agronegócio e toda economia do Estado”, afirmou o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Álvaro Cabrini Júnior. Ainda durante a escola de governo, o Sindicato dos Engenheiros do Paraná entregou um documento de apoio à expansão da Ferroeste.