Exportações do agronegócio são recordes

As exportações brasileiras do agronegócio alcançaram, nos últimos 12 meses (12/2005 a 11/2006), US$ 48,9 bilhões, 14% acima do valor negociado de dezembro de 2004 a novembro de 2005, que ficou em US$ 42,9 bilhões. Mesmo com o aumento de 29% nas importações, que totalizaram US$ 6,490 bilhões, o superávit comercial acumulado no período superou US$ 42,4 bilhões. Os setores que mais contribuíram para esse incremento foram o complexo sucroalcooleiro, produtos florestais, carnes, cereais, farinhas, couros, café, sucos de frutas e fumo e seus produtos.

Os dados, divulgados ontem pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, compõem a balança comercial do agronegócio, cujas exportações, em novembro último, ultrapassaram em 17,9% o resultado do mesmo período do ano passado ao registrarem US$ 4,390 bilhões. Com o crescimento de 44,5% nas importações – que atingiram US$ 654 milhões em novembro – o superávit do mês foi de US$ 3,736 bilhões.

Também em novembro, os setores que mais influíram no resultado das vendas externas foram o complexo sucroalco- oleiro, com aumento de 74,6%, café (45,9%) e carnes (43%). O valor das vendas de carne bovina in natura cresceu 95,9% em novembro, graças a um aumento de 71,5% na quantidade exportada e outros 14% nos preços praticados. As vendas de frango in natura e de carne suína também apresentaram, respectivamente, incrementos de 11% e 32% em valor.

O Mapa divulgou ainda os percentuais de crescimento das exportações do agronegócio por blocos econômicos e regiões geográficas. O Oriente Médio registrou o maior incremento (98%), seguido pela Europa Oriental (49%), África (26%) e Mercosul (23%).

Safra

A estimativa de produção para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2006 atingiu 115,9 milhões de toneladas na previsão de novembro divulgada ontem, com recuo de 0,2% em relação a outubro (116,2 milhões de toneladas) e crescimento de 3,0% na comparação com a safra 2006 (112,6 milhões de toneladas).

Apesar de todos os problemas climáticos que afetaram a produção agrícola no Paraná ao longo deste ano como estiagem, geadas e chuvas, o IBGE constatou um aumento de 3,6% na safra de grãos de verão e inverno no Estado.

Paraná quer reconquistar mercados

A Secretaria da Agricultura e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne) vão realizar nesta terça-feira (12), em Brasília, um Seminário para tratar do restabelecimento do status sanitário de área livre de febre aftosa, com vacinação. Também será apresentado aos participantes o potencial comercial da indústria de carnes do Paraná.

Foram convidados a participar embaixadores dos países compradores de carne do Paraná, senadores, deputados federais integrantes da Comissão de Agricultura, e representantes dos Ministérios da Agricultura e das Relações Internacionais.

De janeiro a setembro deste ano o Paraná exportou 8,5 mil toneladas de carne bovina, contra 31 mil toneladas em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2005, o faturamento chegou a US$ 67 milhões, e neste ano foram pouco mais de US$ 15 milhões.

A exportação de carne suína também sofreu com o embargo. As vendas caíram 77%, e o faturamento despencou de US$ 145 milhões para US$ 33 milhões. ?Pretendemos mobilizar os embaixadores, mostrar nossos produtos, e provar que o Paraná superou a crise e está pronto para voltar a fornecer carne de qualidade para o mundo?, destacou Newton Ribas. (AEN)

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