Estado busca mais desenvolvimento

Dados do Ipardes de 2001 indicam que o Paraná teve uma taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) três vezes superior que a média nacional – 6,7% contra 1,7% -, números puxados por agronegócio e exportações. Só nos dez primeiros meses de 2001 o Paraná exportou US$ 4,5 milhões, 23,85% a mais que o mesmo período de 2000. Esses resultados também estão ligados a entrada de produtos paranaenses em novos mercados, como Estados Unidos e Europa, além de investimentos industriais e a não inclusão do Estado no plano de racionamento de energia.

Discutir esse desenvolvimento econômico do Paraná e buscar novas referências e alternativas para que aconteça um crescimento regional do Estado, é o foco do seminário “Internacionalização Produtiva e Financeira e do Desenvolvimento Regional”, que começou ontem e segue até amanhã no Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores das Indústrias do Paraná (Cietep), em Curitiba -, promovido pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (Ipardes) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Entre os temas em discussão estão os impactos sobre o desenvolvimento econômico dos países emergentes e a inserção do Paraná na dinâmica produtiva brasileira. De acordo com a diretora de pesquisa do Ipardes, Sieglinde Kindl da Costa, o objetivo do evento é propor uma agenda de políticas públicas que sirva de subsídios para o novo governo avançar em políticas regionais de desenvolvimento.

Segundo a diretora, o Paraná pode ser considerado uma ilha produtiva dentro do cenário nacional. Essa posição foi alcançada nos últimos dez anos com as políticas de industrialização implantadas no Estado, principalmente com criação de pólos automotivos e da agroindústria. “Porém é preciso que esse crescimento também seja atinja o interior do Estado”, disse Sieglinde Costa, ampliando com isso, a qualificação da mão-de-obra e consequentemente a taxa de empregos. Nesse sentido, diz a diretora, as universidades têm um papel importante, pois precisam voltar sua atenção para atender as demandas regionais.