Especialistas prevêem queda na inflação

Brasília (ABr) – Após duas semanas com previsão de elevação, os especialistas estimam uma pequena redução na inflação para este ano. A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de 4,60% frente aos 4,61% da semana anterior, de acordo com o Boletim Focus, divulgado ontem. O IPCA é o índice que o governo usa para fixar a meta oficial de inflação, que este ano é de 4,5%.

A expectativa do índice dos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia e outros) também se manteve em 4,5%. Já a projeção para as exportações aumentou com a previsão de saldo da balança comercial passando de US$ 38,7 bilhões para US$ 39 bilhões.

Juros

As projeções de mercado para a taxa média de juros neste ano caíram de 15,91% para 15,80%. Há quatro semanas estas estimativas estavam em 15,94%. As previsões de juros para o final do ano, em contrapartida, ficaram estáveis em 15% pela quinta semana consecutiva. Para 2007, as previsões de taxa média de juros ficaram em 14,30%. As expectativas de juros para o fim do próximo ano, de acordo com os dados da pesquisa, ficaram em 13,63%.

As expectativas para a taxa de câmbio no fim deste mês caíram de R$ 2,28 para R$ 2,27 na pesquisa Focus. Há quatro semanas estas estimativas estavam em R$ 2,30. Para o final do próximo mês, as expectativas de câmbio recuaram de R$ 2,30 para R$ 2,27. As previsões feitas há quatro semanas ainda apontavam para um câmbio de R$ 2,30 ao final de fevereiro próximo. Para o final do ano, as previsões de câmbio caíram de R$ 2,40 para R$ 2,39. As previsões de câmbio para o fim de 2007 ficaram em R$ 2,50.

Dívida

Quanto à dívida líquida do setor público a previsão ficou estável em 50,50% do Produto Interno Bruto (PIB). Há quatro semanas, estas estimativas estavam em 50,70% do PIB. Para 2007, as previsões de dívida líquida ficaram em 48,60% do PIB. Na opinião de integrantes da área econômica do governo, uma dívida líquida abaixo dos 50% do PIB poderá abrir espaço para se passar a ter uma política fiscal anticíclica.

PIB

Já com relação ao PIB, as projeções de mercado permaneceram em 3,50%. Apesar da estabilidade, o percentual esperado é menor que os 4% estimados pelo próprio BC no Relatório de Inflação divulgado ao fim do ano passado. As previsões de crescimento da produção industrial neste ano também não mudaram e prosseguiram em 4%. Há quatro semanas, estas expectativas de aumento da produção industrial estavam em 4,05%. Para 2007, as expectativas de crescimento do PIB ficaram em 3,50%. As projeções de aumento da produção industrial, por sua vez ficaram em 4,25%.

Investimentos

As projeções para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano ficaram estáveis em US$ 15 bilhões. Para 2007, as previsões de fluxo de IED divulgadas pela primeira vez ficaram em US$ 16,10 bilhões.

Voltar ao topo