Emprego industrial cresceu 3,2% no Paraná

O emprego na indústria do Paraná avançou 3,2% em maio na comparação com igual mês do ano passado. Foi o quarto maior índice do País, entre os 14 locais pesquisados, e acima da média nacional, que foi de 2%. Já os rendimentos dos trabalhadores da indústria cresceram 3,8% no Paraná – abaixo do crescimento de 6,3% em nível nacional. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego e Salários, divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Paraná, de um total de 18 setores investigados, 12 apresentaram resultados positivos no nível de emprego em maio. A indústria de alimentos e bebidas, com crescimento de 13,4% em contratações, e a de meios de transporte, com aumento de 14,2%, foram as que mais contribuíram para o crescimento do emprego industrial. Além desses dois setores, a indústria de calçados e couro e de fumo também contrataram – 17,5% e 14%, respectivamente.

Na outra ponta, os setores que mais demitiram do que contrataram foram madeira (-10,2%), outros produtos da indústria de transformação (-11,1%), têxtil (-4,30%), indústria extrativa (-10,2%), produtos químicos (-2,5%) e produtos de metal (-0,6%).

No acumulado do ano (janeiro a maio), o emprego industrial no Paraná cresceu 5,1% – o melhor resultado do País, juntamente com a região Norte-Centro-Oeste. A indústria de transportes foi o destaque no ano, com crescimento de 17,3% nas contratações. Nos 12 meses, o emprego na indústria cresceu 5,3%.

?Assim como ocorre na indústria nacional, também no Paraná são as indústrias de alimentos e bebidas e de transportes que estão puxando o emprego na indústria?, apontou a economista Denise Cordovil, da Coordenação de Indústria do IBGE. ?Os setores que vendem para o mercado interno, mas que também exportam – caso das duas atividades em questão – são aquelas que apresentam maior dinamismo para as contratações.?

Rendimentos

Em relação aos rendimentos dos trabalhadores da indústria, no Paraná o crescimento ficou aquém da média nacional em maio: 3,8%, na comparação com maio de 2004, contra o crescimento nacional de 6,3%. No Paraná, nove atividades registraram aumento da folha de pagamento no período e nove, queda. Entre os setores que apresentaram os maiores crescimentos, destaque para a indústria de meios de transporte – cuja folha de pagamento aumentou 16,8% em um ano -, e a indústria de alimentos e bebidas (avanço de 13%). Na contramão, o setor de outros produtos da indústria de transformação apresentou queda de 16,1% nos rendimentos dos trabalhadores, além da indústria da madeira, com queda de 6,9%.

No acumulado do ano, a folha de pagamento da indústria paranaense avançou 5% e, nos últimos 12 meses, crescimento de 6,6%.

No País

Em nível nacional, o emprego industrial ficou estável em maio na comparação com abril. Por outro lado, a renda do trabalhador na indústria voltou a dar sinais de recuperação e cresceu 2% em relação a abril.

Já em relação a maio do ano passado, a pesquisa verificou um aumento de 2% nas contratações, a 15.ª taxa positiva neste tipo de comparação, mas inferior ao resultado de abril, quando havia registrado expansão de 3%.

O IBGE identifica que as novas vagas na indústria estão surgindo em atividades voltadas para o mercado externo, como a agroindústria, ou na produção de bens de consumo duráveis, como a indústria automobilística. Os segmentos mais dependentes do comportamento da demanda interna apresentam resultados negativos.

Das 14 áreas pesquisadas, 10 mostraram crescimento no total de empregos em relação a maio do ano passado, com destaque para São Paulo (3,6%) e Minas Gerais (4,2%). Dos quatro locais que apresentaram redução na mão-de-obra, destacam-se Rio Grande do Sul (-5,8%) e Rio de Janeiro (-3,0%). 

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