Dirceu diz que juros não inviabilizam crescimento

O ministro da Casa Civil, José Dirceu, disse ontem que a elevação da taxa básica de juros, promovida pela quinta vez, nesta semana, não deve inviabilizar o crescimento econômico neste ano. "Nós já aumentamos os juros, nós já reduzimos os juros, agora aumentamos de novo. Mas o mais importante é o que país vai crescer", afirmou ele. "Não acredito que isso venha a deter o crescimento do país."

O ministro participou de reunião com diretores da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), na qual discutiu questões de infra-estrutura e o apoio às PPPs (parcerias público-privadas). Ele evitou tecer críticas à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que elevou a taxa Selic para 18,25% na quarta-feira.

Para Dirceu, as medidas de desoneração tributária, de aumento da segurança jurídica (a exemplo da Lei das Falências) e de desburocratização vão estimular o crescimento da economia em 2005.

"Nós temos que ter olhos para as medidas que o Congresso já aprovou. Tudo isso contribui para criar um clima de crescimento, para além da política de juros. O governo enviou medidas de isenção tributária para 21 setores da produção. E vai continuar a criar medidas para desburocratizar os negócios", disse ele.

Dirceu acrescentou que já foram enviadas medidas para a Casa Civil no sentido de simplificação da burocracia oficial e rebateu as críticas de que o governo tenha aumentado os gastos públicos.

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