Desemprego cresce e renda do trabalhador é ainda menor

O desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras permaneceu elevado em fevereiro, com taxa de 12% em relação à população economicamente ativa. Para o responsável pela Pesquisa de Emprego e Salário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Cimar Azeredo, houve uma estabilidade, que pode ser interpretada como uma estagnação. “O desemprego estava num patamar elevado e continua num patamar elevado”, afirmou Azeredo.

De janeiro para fevereiro, não houve mudança no total de vagas. Entretanto, o contingente de pessoas em busca de emprego subiu 3,3%, o equivalente a 80 mil pessoas. No total, 2,5 milhões de pessoas estavam desempregadas nas seis áreas.

Além do emprego não ter reagido no mês passado, houve um aumento da informalidade. Em fevereiro deste ano, o número de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado caiu 1,9% em relação a fevereiro de 2003. Por outro lado, o total de empregados sem carteira assinada subiu 4,8% e o de trabalhadores por conta própria aumentou 8,8%.

Para o técnico do IBGE, a fraca reação do mercado de trabalho deve-se à expectativa frustada dos empregadores com o corte na taxa de juros, atualmente em 16,25% ao ano.

“Há um cenário econômico hoje com taxas de juros em patamares elevados e isso com certeza deixa os investidores um pouco reprimidos para abrir novas vagas. Há um cenário não muito favorável para ter investimento. Houve redução na taxa de juros mas não foi a que os investidores esperavam. Isso deixa o mercado de trabalho um pouco reprimido”, disse.

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