Descartado financiamento de curto prazo para Portugal

O porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj Tardio, afirmou hoje que a instituição não pode oferecer financiamento de curto prazo a Portugal para ajudar o país até que um novo governo local seja formado. As eleições em Portugal estão programadas para junho.

Ontem, o jornal português Público afirmou que a União Europeia e autoridades portuguesas estavam discutindo um possível empréstimo-ponte para Portugal. Isso evitaria que o país precisasse tomar empréstimos nos mercados financeiros, onde o yield (retorno ao investidor) dos bônus do governo operam nas máximas recordes, a quase 9%. “A Comissão não faz empréstimos como esse”, disse Tardio.

Segundo o porta-voz, o único financiamento disponível para Portugal seria por meio da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) ou o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), que vai substituir a EFSF em 2013. “As condições para ambos são: uma solicitação pelo país membro e um acordo sobre um programa de ajuste econômico”, declarou.

Os comentários foram feitos antes de uma reunião, prevista para hoje, na qual os bancos portugueses vão expressar sua crescente relutância em comprar mais dívida do governo, que enfrenta o vencimento de 9 bilhões de euros em dívida até o fim de junho.

Esse cenário deixa Portugal com cada vez menos opções para evitar um pedido formal de socorro financeiro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), ao mesmo tempo que enfrenta uma aquecida campanha eleitoral. As informações são da Dow Jones.

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