Déficit primário é o pior para um mês de maio

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, informou hoje que o déficit primário do governo central registrado em maio, de R$ 1,431 bilhão, foi o pior para o mês desde o início da série histórica, em dezembro de 1991. O governo central é composto pelo Tesouro Nacional, pelo BC e pela Previdência Social. A Previdência, inclusive, foi a responsável pelo resultado negativo das contas públicas no mês passado, ao amargar déficit primário de R$ 2,590 bilhões.

Altamir também destacou que o conjunto de empresas estatais federais, estaduais e municipais teve no mês passado o melhor superávit primário para os meses de maio da mesma série. Juntas, as companhias controladas pelo setor público fecharam o mês com saldo positivo de R$ 1,392 bilhão em caixa para pagamento de juros da dívida. Individualmente, as companhias federais (superávit de R$ 935 milhões), estaduais (superávit de R$ 403 milhões) e municipais (superávit de R$ 54 milhões) também apresentaram o melhor resultado para os meses de maio da série histórica.

Por outro lado, o setor público consolidado amargou em maio o pior déficit nominal de R$ 14,761 bilhões da série histórica. O déficit nominal ocorre quando a economia para o pagamento de juros, que é o superávit primário, é insuficiente para as despesas de serviços da dívida pública. Dessa forma, o setor público termina o período com caixa negativo.