Copom se reúne hoje com nova equipe

Brasília

  – A reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) que se inicia hoje e termina amanhã é a terceira do ano, mas a primeira com a equipe formada pelo novo governo. Os diretores de Política Monetária, Fiscalização e Administração do BC escolhidos pelo comando da área econômica tomaram posse oficialmente ontem e já assumiram suas funções.

Luiz Augusto Candiota que, a partir de agora, comandará as políticas de câmbio e juros à frente da diretoria de Política Monetária ainda contará, por algumas semanas, com a colaboração de Luiz Fernando Figueiredo, que deixou o cargo mas permanecerá numa diretoria de transição por alguns dias.

Essa diretoria foi criada especialmente para que a troca do comando de uma área tão delicada quanto a de política monetária possa ocorrer de forma mais tranqüila e o novo diretor tenha tempo para se adaptar melhor ao cargo. Como continua ocupando uma diretoria, Figueiredo também participará do Copom, com direito a voto, segundo informou a assessoria do BC.

Já a polêmica Tereza Grossi, ex-diretora de Fiscalização e Edison Bernardes, de Administração já deixaram a instituição e foram substituídos, respectivamente, por Paulo Sérgio Cavalheiro e João Antônio Fleury, ambos funcionários de carreira do BC. A posse dos novos diretores foi reservada. Somente na próxima quinta-feira haverá a cerimônia de transmissão de cargo.

A substituição de Figueiredo por Candiota, no entanto, não deverá trazer nenhuma mudança brusca na condução da política monetária. Assim como Figueiredo, Candiota que foi diretor do Citibank, já deu sinais de que manterá a postura conservadora do seu antecessor, pelo menos, no início. Durante a sabatina do Senado Federal, na semana passada, Candiota afirmou que a inflação dos últimos meses e a deterioração das expectativas dos índices de preços no Brasil já ultrapassaram os níveis aceitáveis e que a política monetária é o principal instrumento do BC para tentar reverter esse quadro.

Segundo ele, a definição dessa política não deve se restringir “à banalização do debate de sua gestão de curto prazo”. Candiota defende também o regime de metas de inflação, a autonomia do BC e argumenta que é preciso um pouco mais de paciência para que as medidas adotadas até agora surtam efeito na economia.

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