A Petrobras não deverá modificar os preços dos combustíveis atualmente em vigor até o final do ano, segundo o diretor de Abastecimento da estatal, Rogério Manso. “A perspectiva é de estabilidade”, disse. A razão é que os parâmetros para a formação dos preços dos no país – o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar – não têm demonstrado fortes oscilações.
“O preço está se mantendo estabilizado por que o movimento de dólar e cotação do petróleo tem se compensado”, afirmou. Quando o dólar sobe, o petróleo cai e vice-versa, explicou.
Em 30 de abril, a estatal fez seu último reajuste de preços, com uma redução de 10% nos combustíveis. Estão fora dessa expectativa a nafta e o querosene para aviação, cujos reajustes são mensais.
Produção
A Petrobras estuda alugar navios-plataforma para apressar sua produção de petróleo leve, que tem maior valor comercial. A estatal pretende explorar as novas descobertas de petróleo leve feitas nas bacias de Santos e do Espírito Santo.
De acordo com o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, a idéia está sendo discutida na revisão do plano estratégico da companhia, cuja conclusão está prevista para março de 2004.
Se o projeto for aprovado, os navios-plataforma começam a produzir petróleo no segundo semestre de 2005, uma vez que a adaptação de um navio em plataforma demora cerca de um ano e meio. “Os projetos de óleo leve são prioritários”, afirmou.
Estrella diz que a intenção é alugar até três navios, com capacidade de produzir 100 mil barris diários cada.
Com o projeto, a estatal ganha tempo. Em agosto de 2005, a ANP deverá declarar “comercialidade” para as descobertas das bacias de Santos e do Espírito Santo.
Logo depois, sem esperar o período das licitações para a construção de plataformas marítimas, já colocaria os navios-plataforma para antecipar a produção.
Dos 6 bilhões de barris de petróleo descobertos pela Petrobras neste ano, 1 bilhão de barris correspondem às reservas estimadas de petróleo leve.
O investimento da área de exploração e produção em 2004 deverá ficar próximo ao deste ano, de US$ 4 bilhões.
Mais dois gerentes foram presos
A Promotoria de Investigação Criminal (PIC), em conjunto com fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Receita Estadual realizaram fiscalização ontem, em três postos de combustível da Região Metropolitana de Curitiba.
Um posto em Campina Grande do Sul foi interditado pela ANP, porque, pelo exame de proveta, foi constada a mistura de 29% de álcool na gasolina que estava sendo vendida (o máximo permitido é de 25%). O gerente do posto foi preso em flagrante por adulteração.
Outro posto localizado em Colombo foi autuado por violação de bandeira. O estabelecimento vendia álcool da distribuidora Petrotiba, mas as bombas indicavam a bandeira UNI. O gerente também foi preso em flagrante.
No posto que foi vistoriado em Pinhais não foram constatadas irregularidades. Nos três postos fiscalizados foram recolhidas amostras de combustível para análise pela Universidade Federal do Paraná.
Os crimes de violação de bandeira e de adulteração podem resultar em penas que variam de um a cinco anos de prisão.