Cobrança de IOF não ajuda exportador, diz Miguel Jorge

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje que não acredita que a cobrança de 2% de Imposto sobre Operação Financeira (IOF) sobre a entrada de capital estrangeiro em renda fixa e variável possa melhorar as condições de competitividade do exportador brasileiro. Ele disse que o aumento do dólar em 2% ontem não melhora a competitividade do exportador. Para ele, a situação do setor exportador só melhorará com a redução de custos e investimento em inovação e modernização de processos.

“Isso nos deixaria mais produtivos e é permanente”, afirmou o ministro, ao chegar ao ministério da Fazenda para participar da reunião do Grupo de Acompanhamento do Crescimento (GAC). Ele defendeu a necessidade da indústria “ter tanta eficiência e tanta produtividade como a agricultura”. O ministro disse que a taxação não terá efeito duradouro na valorização do dólar. Ele afirmou que essa alta iniciada ontem pode durar até mesmo menos que seis meses, como previram alguns analistas de mercado. “Eu acho que a medida tem mais efeito na arrecadação”, afirmou.

Ao ser questionado se a cobrança de IOF sobre capital especulativo não era uma demanda do ministério do Desenvolvimento, Miguel Jorge disse que defendia que houvesse uma desoneração dos investimentos. “O que nós queríamos era que os investimentos não custassem 20% antes de começar a produzir e não que houvesse uma taxação do investimento especulativo”, disse o ministro. Miguel Jorge afirmou que a cobrança do IOF só teria efeito sobre o câmbio se a alíquota fosse “tão alta que seria um tiro no pé” porque os recursos iriam para outro mercado. O ministro acredita que a entrada de recursos estrangeiros no País é resultado da boa situação financeira do Brasil, que atrai investimentos.

Voltar ao topo