CEF divulga financiamento de imóveis usados

Brasília

  – A Caixa Econômica Federal (CEF) vai retomar as operações de financiamento para a compra de imóveis usados por famílias de classe média. Essas operações estavam suspensas desde o fim de agosto do ano passado. Alimentada por recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), a nova linha contará inicialmente com R$ 150 milhões -valor suficiente para financiar a compra de cerca de 3.500 imóveis. Segundo o presidente da CEF, Valdery Albuquerque, o principal objetivo da retomada dessas operações será alavancar o mercado de imóveis novos.

Albuquerque explicou que a nova linha estará disponível a partir do dia 1.º de agosto e fará parte do programa FAT-Habitação, que já destina R$ 850 milhões para o financiamento da compra de imóveis novos ou na planta desde março deste ano. As condições serão praticamente as mesmas, para ambos os casos. A nova linha estará aberta para imóveis usados avaliados em até R$ 350 mil – ou R$ 450 mil, para as oito regiões metropolitanas. A taxa de juros será de 5,5% ao ano mais TJLP e o valor máximo a ser financiado será de R$ 180 mil.

Prazos

A Caixa, entretanto, manterá prazos de financiamento diferenciados para os dois casos, como meio de conceder um incentivo maior para as operações de compra de imóveis novos. Para os usados, o prazo será de 15 anos, no máximo. Para os novos ou na planta, a instituição decidiu ampliar o período atual, de 14 anos, para 17 anos. Com isso, Albuquerque acredita que haverá uma redução de cerca de 6% nas prestações mensais do mutuário.

Segundo o presidente da instituição, a retomada da linha de financiamento para imóveis usados está voltada para a alavancagem do segmento de construção de imóveis novos para a classe média e, consequentemente, para a geração de empregos no setor. Conforme Albuquerque, a lógica seguida pela Caixa foi a mesma da que prevalece no mercado de automóveis. No caso dos imóveis, a compra de uma unidade nova com financiamento por uma família depende da venda da casa na qual ela vive – que será facilitada se houver igualmente linhas de crédito à disposição para os compradores.

R$ 500 milhões

“Como os recursos dessas linhas vêm do FAT, a melhor opção foi criar um mecanismo que pudesse permitir a criação de empregos em vez do desembolso do próprio FAT com o pagamento de seguro-desemprego”, afirmou Albuquerque. De acordo com dados divulgados pela Caixa, dos R$ 850 milhões destinados para a linha de financiamento de imóveis novos desde março, foram analisados pedidos de crédito referentes a R$ 500 milhões. Mas, até segunda-feira, apenas R$ 103 milhões foram contratados.

Segundo Albuquerque, o lançamento de empreendimentos nos próximos meses deverá permitir a utilização total dos recursos neste ano.

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