Carne bovina do Paraná tem qualidade

Esclarecer os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais sobre a qualidade da carne bovina do Paraná. Este é o desafio de representantes da Secretaria da Agricultura, da Saúde, do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Paraná (Sindicarne), da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Federação do Comércio do Estado do Paraná (Fecomercio) e Procon-PR, que visitaram, ontem, em Curitiba, supermercados de diferentes redes.

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, considerou absurdo o procedimento dos responsáveis por alguns supermercados em alertar o consumidor sobre um risco que não existe. Pessuti lembrou que nos cinco Seminários Regionais ?Paraná Contra a Febre Aftosa?, realizados na semana passada, em Cascavel, Umuarama, Paranavaí, Ponta Grossa e Londrina, ele reforçou o apelo para que as pessoas dêem preferência aos alimentos produzidos no Paraná. ?Primeiramente, a febre aftosa não oferece nenhum risco à saúde humana. Depois, caso confirmassem a doença no Estado, animais doentes jamais seriam abatidos para consumo. Mas, sim, seriam sacrificados?, afirmou.

Durante a reunião, o diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Newton Pohl Ribas, esclareceu aos participantes sobre todas as medidas adotadas pela Secretaria, desde o dia 10 de outubro, quando o Paraná foi comunicado sobre a existência da doença em Mato Grosso do Sul. Segundo Ribas, desde então, nenhuma decisão foi tomada pela Secretaria sem a participação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) e do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec-PR). ?Nossas decisões são compartilhadas. Sempre temos a preocupação de defender os produtores, as indústrias, as cooperativas, enfim, o mercado do Paraná?, disse.

O diretor-geral da Secretaria também lembrou que os produtos comercializados são inspecionados pelos sistemas de inspeção federal, estadual, municipal e pela Secretaria da Saúde. ?Acho que, ao desacreditar esses serviços de inspeção do Paraná e do País, estamos provocando uma situação perigosa?, criticou.

Repercussão

?O prejuízo causado pelo uso de cartazes contra a carne bovina do Paraná prejudica a indústria, os produtores, o pequeno açougue, enfim, todos ficam com suas imagens prejudicadas em decorrência do procedimento de alguns estabelecimentos comerciais?, disse o presidente do Sindicarne, Péricles Salazar.

O presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Pedro Zonta, afirmou que tem acompanhado o trabalho do governo do Estado quanto à sanidade. ?Há muitos anos, o Paraná trabalha no setor para ter produtos de qualidade?, disse. Ele também criticou a iniciativa de alguns supermercados que usaram cartazes contra o consumo da carne paranaense.

?Hoje, não se abre mão da sanidade e da qualidade. E quando falamos em sanidades, estamos falando em transparência e ética. Por isso, não podemos aceitar retaliação de ninguém?, disse o representante da Faep, Ronei Volpi.

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