Caged: resultado de 2011 é o 2º maior da série histórica

O resultado da geração de empregos em 2011 é o segundo maior da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. No ano passado, foram criados 1,944 milhão de postos ante 2,54 milhões verificado, em 2010. Desde o início do governo Lula (2003), conforme informou o Ministério do Trabalho, o Brasil contou com 17,3 milhões de novas vagas. Esse dado já considera os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que abrange os trabalhadores com carteira assinada, além de servidores públicos federais, estaduais e municipais.

Pelos números divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho, é possível afirmar que dezembro não fugiu à regra em 2011 para o mercado de trabalho formal, dispensando mais empregados do que contratando. A queda do nível de emprego no mês passado foi generalizada em todos os Estados, regiões do País e setores de atividade.

A redução de 408.172 postos no mês em questão foi atribuída pelo Ministério do Trabalho a uma série de fatores, como entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da “bolha de consumo” no final do ano e também a fatores climáticos. O total de admissões no último mês de 2011 foi de 1.305.051, enquanto os desligamentos somaram 1.713.233. Nos dois casos, os números são recordes para o mês.

O Ministério destacou que dos 25 subsetores analisados, apenas em três houve elevação do nível de emprego: instituições financeiras (1.855 postos líquidos), serviços médicos e odontológicos (1.370 vagas) e extrativa mineral (64 vagas). As maiores quedas do emprego em dezembro foram registradas nas áreas da indústria de transformação (-146.004 postos), nos serviços (-84.096 vagas), na construção civil (-77.479 postos) e na agricultura (-74.082 postos).

O recuo do nível de emprego também foi observado em todas as regiões do País, conforme o Ministério do Trabalho: Sudeste (-212.479 postos), Sul (-82.144 vagas), Centro-Oeste (-52.446 vagas), Nordeste (-41.078 postos) e Norte (-20.025 vagas). A queda foi generalizada por todos os Estados e o Distrito Federal. Entre os destaques de maiores perdas estão São Paulo (-144.031) e Minas Gerais (-51.493).