Boas notícias levam tranqüilidade ao mercado

São Paulo  – O dólar comercial devolveu parte da pressão compradora da véspera e fechou ontem em baixa de 0,27%, cotado a R$ 2,867 na compra e R$ 2,869 na venda. O volume de negócios foi considerado bom, mas se concentrou principalmente no período da manhã. A baixa foi determinada pelo fluxo cambial levemente positivo, resultado de ingressos de recursos de exportações. Com o resultado de ontem, o dólar encerrou a primeira semana de novembro praticamente estável, em alta de 0,10%.

O bom humor dos demais mercados também contribuiu para a tranqüilidade no câmbio. Entre os destaques da semana estiveram o detalhamento do novo acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a melhora da classificação de risco do país. Depois da Fitch, a previsão é de que as outras agências de risco melhorem o “rating” brasileiro nas próximas semanas.

Apesar do otimismo e do fluxo cambial positivo, os agentes financeiros acreditam que o espaço para quedas do dólar é restrito. Isso porque a proximidade do fim de ano reduz a liquidez do mercado justamente num período de maior concentração de vencimentos da dívida externa privada. O governo, por sua vez, é o maior comprador de dólares. O Banco Central (BC) vem liquidando integralmente suas dívidas internas, enquanto o Tesouro Nacional paga antecipadamente os compromissos externos.

As taxas de juros negociadas no mercado futuro tiveram queda generalizada, embaladas pela desaceleração da inflação e expectativa de novos cortes da taxa Selic. Um dos principais destaques desta semana ficou com a desaceleração do IPCA de outubro, que recuou de 0,78% para 0,29%. Até o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, admitiu que o número ficou abaixo do esperado.

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