Agroecologia chega à cultura do café no Paraná

Das 34 famílias que vivem na Vila Rural de Peabiru, região de Campo Mourão, 30 produzem café usando a técnica da agroecologia, a partir da adubação orgânica, e o sistema adensado, que é o plantio de um número maior de mudas por área. O cultivo é acompanhado por técnicos da Emater, que também orientam os produtores na comercialização do produto.

“O sistema garante um aumento de até 30% na produção, se comparado a outros cafezais da região, ainda com a vantagem de obter um produto mais saudável”, explica o técnico Claudinei Antônio Minchio, da Emater de Peabiru. “Este é um produto diferenciado, que chega ao consumidor com qualidade total”, acrescenta.

O produtor Idelson Fernandes dos Santos, que mora na vila há sete anos, se dedica ao cultivo de café desde 1998. São 3.840 pés plantados pelos sistemas adensado e agroecológico. A adubação é orgânica, à base de palha de café e esterco. O biofertilizante aplicado nas folhas também é natural. Na safra passada, Idelson colheu 15 sacas de café em coco.

O objetivo do trabalho da Emater é conseguir que o produtor obtenha um café 100% agroecológico e com qualidade total. Para isso, além de todas as preocupações na área de plantio, a própria família dele é responsável pelo beneficiamento e comercialização do produto. No caso do vileiro Idelson, o café é torrado por uma irmã do produtor, em um fogão a lenha.

“Aqui, as pessoas gostam da bebida forte; por isso, tenho que deixar um pouco mais no torrador”, conta o produtor. Depois de torrado, o café é moído. O trabalho é feito com um equipamento instalado na tulha, onde sâo moídos até 20 litros de café a cada rodada. “Comprei o equipamento por R$ 600 e em três meses paguei o que devia”, comemora Idelson.

Voltar ao topo