Denuncismo está solto, povo precisa ter cuidado, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ao final desta manhã, em seu discurso de abertura do seminário "Construbusiness", realizado em São Paulo na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o Brasil vive nos últimos 120 dias, "subordinado a centenas e centenas de denúncias" e que a população deve ter cautela ao analisar os fatos.

"Eu disse outro dia que as mentiras e verdades iam aparecer. O povo só precisa ter cautela, porque o denuncismo ficou solto por quatro, cinco meses", declarou. "Acho que os deputados estão com dificuldades para apurar as denúncias. O Brasil vive um momento em que as denúncias aparecem e não se concretizam. E não existe pedido de desculpa, reparação, retratação", acrescentou.

Economia – O presidente Lula disse ainda que o governo federal trabalhou "com muito cuidado" para que a crise política não criasse problema para a economia do País. "E isso demonstra o resultado de ter o saldo das nossas exportações", reforçou.

Segundo ele, em setembro, as exportações do País atingiram a marca de US$ 112 bilhões, batendo, assim, a meta estabelecida para o ano e com a geração de um superávit da ordem de US$ 41 bilhões. "Houve poucos momentos na história econômica do Brasil que tivemos uma combinação de fatores tão positiva como estamos tendo agora", observou.

O presidente afirmou que o Brasil obtém hoje a combinação de crescimento econômico, com aumento de exportações, importações, expansão do superávit em conta corrente, da poupança interna e da oferta de crédito, simultaneamente à geração de empregos e renda. "Estamos gerando uma média de 104 mil empregos com carteira assinada por mês, contra oito mil nos oito anos do governo passado", apontou.

Lula destacou também a expansão das importações de bens de capital, "o que significa que as empresas estão acreditando na sua reestruturação". "O País encontrou o caminho de ter um crescimento sustentado para que, num médio prazo, nosso País deixe de ser eternamente em via de desenvolvimento e seja definitivamente um País desenvolvido", opinou.

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