CUT leva à Câmara reivindicações que incluem debate sobre o mínimo

Brasília ? O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, entregou hoje (19) ao presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), uma agenda de reivindicações. Felício a chamou de "o mundo do trabalho". Entre as demandas, uma reavaliação do salário mínimo, a redução da jornada de trabalho, as negociações com o funcionalismo público, o trabalho escravo e a reforma sindical.

"Queremos que o salário mínimo tenha aumento real todos os anos para que não fiquemos debatendo anualmente qual será o reajuste", afirmou Felício, reforçando que a categoria acha possível que o salário mínimo tenha, além do reajuste a partir da inflação, um novo aumento. "É essa a discussão que a CUT quer fazer na Câmara e no Senado."

Entre as reivindicações da CUT, a abertura de um processo democrático de negociação com o funcionalismo público, a aprovação de projetos que acabem com o trabalho escravo e a reforma sindical, "sem abrir mão de direitos históricos na categoria".

Após entrega da agenda de reivindicações dos trabalhadores no Salão Verde da Câmara, onde se concentravam dezenas de lideranças sindicais da CUT, Feliciano informou que a CUT fará uma "operação pacífica e preparatória para a grande marcha que vai acontecer no final do ano em função do salário mínimo".

Segundo ele, os trabalhadores acham que o Congresso Nacional deve debater as CPIs, mas também que deve se preocupar com o mundo do trabalho, "votando projetos relativos às nossas vidas, para que nós possamos contribuir com o crescimento desse país".

Aldo Rebelo assegurou que, na Câmara, a CUT tem toda a legitimidade para propor uma agenda de interesse dos trabalhadores. "Me comprometo, como presidente da Câmara dos Deputados, a abrir espaço nesta Casa para que essa agenda seja discutida, porque ela integra o patrimônio dos interesses do Brasil", afirmou.

Segundo Aldo, a Câmara dos Deputados "encontrará os caminhos, as formas e os meios para contemplar dos interesses dos trabalhadores, do movimento sindical e das centrais sindicais no debate e nas decisões dos temas em pauta no âmbito da nossa Casa".

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