Travesti é encontrado morto em Campo Largo

Um travesti identificado apenas como “Toninho” foi encontrado morto num terreno baldio da Travessa Iguaçu, no centro de Campo Largo, bem em frente ao mercado Super Dip, na manhã de sábado. A vítima tinha sinais de ter levado golpes no pescoço.

O corpo foi encontrado por um funcionário do mercado, que chegava para trabalhar. O investigador Gogola, de Campo Largo, apurou que durante a noite os travestis costumam fazer ponto ao redor do terminal de ônibus do município, próximo dali.

Acredita-se que “Toninho” tenha ido ao terreno baldio fazer algum programa e foi morto pelo cliente. A perícia criminalística apurou que a vítima tinha uma marca no pescoço, como uma pisada.

Próximo ao corpo também havia uma sacola com restos de tinta, o mesmo material que estava espalhado pelo rosto de “Toninho”, como se o criminoso tivesse usado a sacola para asfixiar o rapaz.

Investigações

Ao redor do terminal há várias câmeras de segurança, monitoradas pela Guarda Municipal. Gogola afirmou que já solicitou auxílio à Guarda, para verificar se o travesti estava por lá na noite anterior e com quem esteve ou saiu de lá.

Um rapaz que esteve no local do crime foi quem identificou “Toninho”. Disse que ele era viciado, morava com outros cinco ou seis travestis numa casa no bairro Aparecida e que família dele era de São Paulo. Apesar disso, não soube dizer o nome verdadeiro do travesti. O conhecia apenas pelo apelido.

O rapaz morto tinha pele parda, cabelos crespos e compridos à altura dos ombros. É alto, com cerca de 1,75 metro. Tinha tatuagens de uma bruxa e de um morcego na panturrilha esquerda. O travesti usava saia laranja, blusa branca de alça, casaco sobretudo jeans, tênis de cano alto bege claro e meias brancas.

A uma quadra dali, na esquina das Ruas Xavier da Silva e São João Batista Valões, a Polícia Militar encontrou uma blusa de lã azul e uma bolsa pequena, preta e branca, com o desenho da personagem Betty Boop. Dentro havia algumas maquiagens, uma camisinha e uma caixa de fósforos. Não se descarta a possibilidade de que a bolsa pertença a “Toninho”.