Em SC

Tentativa de furto em oleoduto pode paralisar atividades em refinaria da Petrobrás em Araucária

Caminhões terceirizados trabalham na contenção e drenagem do petróleo na região de Itapoá (SC). Foto: Divulgação

Uma tentativa de furto de combustível no oleoduto Ospar, na região de Itapoá (SC), na manhã desta segunda-feira (22) pode acabar afetando o refino de petróleo na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Os ladrões furaram o duto, mas a alta pressão os assustou e eles fugiram do local, deixando o óleo jorrando.

Segundo informações preliminares, o petróleo se espalhou pelo solo e vegetação. No local tem um pequeno banhado, que está sendo isolado com barreiras. Há cerca de 1,5 km também existe um rio e a equipe de emergência trabalha para evitar que o óleo chegue até lá em caso de ocorrência de chuva.

 

Cerca de 50 trabalhadores terceirizados, com caminhões e maquinários, foram contratados pela Petrobrás para atuarem na contenção e drenagem do produto. Já foram coletados aproximadamente 30 mil litros de petróleo, distribuídos em três caminhões tanque.

Como o oleoduto bombeia petróleo que chega ao Terminal de São Francisco do Sul (SC) para Repar, ao longo de uma extensão de 117 quilômetros, o refino realizado em Araucária corre sério risco de parar caso o material não chegue à refinaria até quarta-feira (24).

O problema é que, além do rompimento do oleoduto, um grave erro de programação de gestão da refinaria, associado com o mau tempo que vem prejudicando a atracagem de navios no Terminal de São Francisco, deixou a carga de produção em nível muito baixo. A perfuração do oleoduto, que interrompeu o bombeamento, pode agravar ainda mais a situação.

 

Para o presidente do Sindipetro PR e SC, Mário Dal Zot, é um grande absurdo que a gestão da Repar não consiga administrar seu estoque. “Tal problema leva a suspeição para além de mera e costumeira incompetência dos gestores. A refinaria tem problema crônico de falta de efetivo de trabalhadores e a operação em carga baixa nos dá margem para acreditar em manobra administrativa entreguista. Tudo isso cheira a sucateamento e privatização”.