Sem busão

Segundo dia de greve no transporte em Araucária prejudica 33 mil pessoas

Segundo dia de greve do transporte, em Araucária. Tubos e terminais vazios.
Segundo dia de greve do transporte, em Araucária. Tubos e terminais vazios. Foto: Átila Alberti

Chega ao segundo dia a greve de motoristas e cobradores de ônibus do transporte coletivo de Araucária. De acordo com informações da Companhia Municipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC), pelo menos 33 mil pessoas que usam o sistema de transporte diariamente estão sendo prejudicadas pela paralisação.

Aproximadamente 400 funcionários da Viação Tindiquera, responsável por 60 linhas no município, cruzaram os braços por causa do atraso na liberação do adiantamento do salário. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba (Sindimoc), o atraso ocorre desde o dia 20 e a empresa já havia atrasado o pagamento no mês passado, inclusive com manifestações feitas da mesma forma.

A empresa justificou o atraso alegando que não está recebendo repasse da Companhia Municipal de Transporte Coletivo Araucária.

Outro lado

Procurado pela reportagem, Pedro Rodrigues Neto, Secretário de Comunicação de Araucária, afirma que os pagamentos estão em dia. Porém, é importante ressaltar que “eles só são feitos após a fiscalização e análise das planilhas apresentadas pela empresa, primando pelo bom trato do dinheiro público, transparência e austeridade. O valor pago na tarde da última sexta-feira (21), de acordo com a própria nota emitida pela Viação Tindiquera, é suficiente para o pagamento do vale dos funcionários”, afirmou.

 

Prefeitura cadastra carros particulares

Enquanto a greve não termina, a Prefeitura de Araucária começou a cadastrar carros particulares que queiram atuar como transporte alternativo durante a paralisação. O cadastramento está sendo feito na sede da Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC), que fica no piso superior do Terminal Central de Araucária. O transporte será autorizado enquanto durar a greve e os cadastrados estão autorizados a cobrar no máximo R$5,00 por pessoa na área urbana e R$15,00 na área rural.

Para fazer o cadastro é preciso apresentar documentos pessoais (RG, CPF e carteira de motorista) e do veículo, que devem estar em dia com as exigências do trânsito. O carro será submetido a uma rápida vistoria e, se autorizado, receberá um cartaz de identificação. Taxistas interessados em fazer transporte alternativo também poderão se cadastrar, mas não deverão ligar o taxímetro, cobrando R$5,00 por pessoa.