Litoral x pandemia

Primeiro boletim de balneabilidade tem locais impróprios pra banho no Paraná

Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Foi divulgado nesta sexta-feira (18) o primeiro boletim de balneabilidade do litoral do Paraná. De acordo com o documento, a temporada de verão 2020/2021 inicia com doze pontos impróprios para banho. Apesar disso, a recomendação das autoridades de saúde é de que as pessoas evitem viajar, principalmente para o litoral, já que a pandemia segue em alta e registrando casos e mortes diariamente. Nesta quinta-feira, por sina, o governo liberou leitos no litoral, mas pediu para a população cuidar com os limites da estrutura. O boletim será feito até o dia 13 de fevereiro, totalizando nove edições.

Segundo o boletim de balneabilidade, os pontos impróprios para banho no litoral são são: Rio Olho D´Água, em Pontal do Paraná; Rio Matinhos e Canal Caiobá, em Matinhos; Rio Brejatuba, Gal Marechal Deodoro, Canal Clevelândia, Canal do Camping, Rio das Pedras e Rio do Tenente e Rio Saí-Guaçu em Guaratuba. Ainda segundo o boletim, em Morretes e Antonina estão impróprios os seguintes locais: Ponta da Pita e Largo Lamenha Lins.

Nos últimos dias ocorreram chuvas intensas que podem ter ocasionado esses pontos impróprios, já que há possibilidade de provocarem transbordamento das fossas sépticas.

“Como o solo fica muito encharcado, acaba não conseguindo absorver a água apropriadamente, e a água é fortemente carregada para os rios”, explicou a bióloga do Laboratório de Microbiologia do IAT em Curitiba, Beatriz Ern da Silveira.

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No litoral os pontos monitorados ficam em Guaratuba (13), Matinhos (14), Pontal do Paraná (11), Ilha do Mel (6), Morretes (3) e Antonina (2). O boletim também aponta dez rios, canais e galerias considerados permanentemente impróprios para banho no Litoral, independentemente da época do ano. Eles estarão indicados em letras maiúsculas no boletim.

Já no interior, a avaliação ocorre em pontos de prainhas e rios nas cidades de Foz do Iguaçu (2), Santa Terezinha de Itaipu (3), São Miguel do Iguaçu (2), Itaipulândia (1), Missal (1), Santa Helena (3), Entre Rios do Oeste (2), Marechal Cândido Rondon (2) e na Costa Norte no município de Primeiro de Maio (1).

O que é avaliado no boletim de balneabilidade?

O instituto monitora as águas no período de maior fluxo de veranistas para avaliar a concentração de bactérias Escherichia coli (E.coli), presentes em esgoto sanitário clandestino e fezes humanas e de animais de sangue quente.

Quanto maior a quantidade da bactéria na água, maior a possibilidade da existência de agentes patogênicos que podem colocar em risco a saúde dos banhistas. As doenças mais comuns são gastroenterite, diarreia, doenças de pele e infecções nos olhos, ouvidos e garganta. Outras mais graves também podem ser transmitidas por meio da água, como hepatite A, cólera e febre tifoide.

Cada ponto é sinalizado com bandeiras que orientam banhistas e se referem a 100 metros à direita e à esquerda de sua instalação. A cor azul indica que a água apresenta boas condições de balneabilidade em qualquer condição climática e a vermelha representa áreas inadequadas para banho.