Beleza na cidade!

Praça da Espanha, local de encontro da galera de Curitiba, também é lar para periquitos. Saiba o motivo

Sensação é de contato com a natureza, mas por que há tantos periquitos em Curitiba e qual é a espécie predominante?
Sensação é de contato com a natureza, mas por que há tantos periquitos em Curitiba e qual é a espécie predominante? Foto: Arquivo/Jonathan Campos/Gazeta do Povo.

Se você mora ou passa por Curitiba – e não é uma pessoa tão desligada ou distraída – já deve ter reparado no tilintar de periquitos que se destaca pelas árvores de vários bairros da cidade. Na Praça da Espanha, no Bigorrilho, Bacacheri, Bairro Alto, entre outros bairros da cidade, a algazarra dessas aves ocorre quando elas se alimentam, geralmente entre 9h e 9h30, em dias de sol.

Citamos a praça porque ela é um ponto de encontro tradicional na capital e apostamos que você já foi lá pelo menos uma vez na vida. Se sim, já ouviu os periquitos e, no mínimo, elevou os olhos para o topo das árvores tentando enxergar algum. A sensação é de contato com a natureza. Mas você sabe por que há tantos periquitos por ali e qual é a espécie predominante?

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Segundo Antenor Silva Júnior, curador de Coleções do Museu de História Natural Capão da Imbuia, vinculado ao Sistema Municipal de Unidades de Conservação de Curitiba (SMUC), a espécie que habita a Praça de Espanha é a do periquito-rico (Brotogeris tirica), também chamado de maritaca, periquito-verde ou periquito-verdadeiro. E a praça tem um atrativo fundamental para mantê-los na região. “Comida”, brinca o curador.

A espécie se alimenta dos frutos de jerivás, que são aqueles chamados coquinhos amarelos, e da seiva das paineiras. “Tem cerca de umas oito paineiras na Praça Espanha e tem filas de jerivás. Elas são importantes para os periquitos. Sempre tem cachos amarelos por ali. É uma região de alimentação, pela atração da flora. A paineira é parente do baobá da África, mas é nativa da mata atlântica. E a prefeitura de Curitiba mantém os cuidados com o aspecto ambiental, não só da Praça da Espanha, mas das praças da cidade como um todo. Por isso, temos muitas espécies de aves por aqui”, explica Silva.

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Até o fim de outubro, de acordo com o curador, os periquitos da cidade estão na fase de se aninhar. Então, é possível que não dê pra ver muitos deles nesta época do ano, que aborda o período desde agosto até aqui. “Mesmo assim, fui pessoalmente dar uma olhada na praça. Vi cerca de seis casais acordando todo mundo com o tilintar, mas era por volta das 7h30, quando estava no trânsito em direção ao trabalho. Certamente, perto das 9h devem aparecer mais aves por lá. E no mês de janeiro do ano que vem, depois que crescerem os filhotes, será mais fácil de vê-los”, contou Silva.

"Fui pessoalmente dar uma olhada na praça. Vi cerca de seis casais acordando todo mundo com o tilintar", disse Antenor em um papo com a Tribuna.
“Fui pessoalmente dar uma olhada na praça. Vi cerca de seis casais acordando todo mundo com o tilintar”, disse Antenor em um papo com a Tribuna. Foto: Arquivo/Aniele Nascimento/Gazeta do Povo.

“Guia” das aves de Curitiba

Ainda conforme Silva, baseado no livro “As Aves de Curitiba” (2.ª Edição/2014), a capital tem quase 400 espécies de aves catalogadas. “O livro traz 396. A primeira edição do livro, que é quase um guia, é de 2009. Agora, foi reeditado. Mas quem deseja saber mais sobre aves também pode acessar o site Wikiaves. É legal porque dá pra conhecer qual é o canto do periquito-rico por meio de áudio na página. E o site iNaturalist, onde dá para se conectar ainda mais com a natureza e suas curiosidades”, indica.

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Vale ressaltar que não é de hoje que Curitiba se tornou acolhedora para aves. Já na década de 1970 se pensava em projetar uma cidade com áreas verdes, praças e parques, o que acabou se concretizando. “E depois, nos anos 2000, com a Lei Ordinária 9806/2000, que estabelece o código florestal no município e proíbe a poda de árvores sem autorização, a situação só foi melhorando”, afirma Silva, destacando que o periquito-rico não era uma espécie natural de Curitiba, mas se adaptou por aqui. 

Silva falou também da famosa presença do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) na Praça Tiradentes, que muita gente já fotografou. “Sim, o interessante é que Curitiba tem todo um sistema de unidade de conservação. Dentro disso, as praças centrais são importantes. Na Tiradentes tem dormitório desse papagaio”, finaliza.

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E vocês, leitores e leitoras, já viram aves exóticas pelos bairros de Curitiba? Compartilhem com a gente pelo e-mail cacadores@tribunadoparana.com.br ou pelo whatsapp (41) 9 9683-9504.

Na época das floradas dos Ipês, aves fizeram a festa por Curitiba. Foto: Arquivo.
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