Policiais civis acusados de crimes estão foragidos

O delegado Gutemberg Luz Neves Ribeiro e o superintendente Jurandir Antônio Mulizini, ambos da delegacia de Quatro Barras, estão foragidos. Eles tiveram suas prisões preventivas decretadas pela juíza de Pinhais, Márcia Regina Hernandez de Lima. O escrivão Humberto Tiesse, 51 anos, foi preso ontem pela manhã.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, ontem pela manhã, policiais da Corregedoria da Polícia Civil foram nas residências do delegado Gutemberg e de Jurandir, mas não os localizaram. Em seguida, cumpriram o mandado de Humberto.

Ainda segundo a assessoria, os três policiais são acusados pelo Ministério Público (MP) de receptação, concussão (extorsão feita por funcionário público) e formação de quadrilha. Porém, detalhes da investigação não foram divulgados, porque estão sob responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.

Tudo indica que o crime aconteceu quando o delegado estava à frente da delegacia de Pinhais, onde ele permaneceu até o mês de abril, antes de ser transferido para Quatro Barras. Os outros dois policiais também estavam lotados na mesma DP.

Pedofilia

Em maio de 2006, o escrivão Humberto Tiesse foi preso sob a acusação de estar envolvido em um esquema de pedofilia, associada a extorsão, junto com 24 pessoas, a maioria policiais civis. Em outubro, a Justiça colocou todos os acusados em liberdade, porém o processo não foi arquivado.