Investigação

Polícia Civil afasta carcereiro suspeito de abuso sexual contra uma presa na Central de Flagrantes

Policiais não podem entrar na carceragem para fazer revista. Foto: Arquivo.

A Secretaria de Segurança do Paraná determinou o afastamento do agente de cadeia da Central de Flagrantes, localizada no Centro de Curitiba, acusado por uma presa de abuso sexual na noite da última terça-feira (13). O caso veio à tona após a jovem registrar um boletim de ocorrência contra o homem alegando que foi coagida a fazer sexo oral com ele, ameaçando-a em caso de negativa.

Depois que o B.O. foi formalizado, de forma imediata, garante a Sesp, a presa foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar os exames de praxe – lesão corporal, ato libidinoso e conjunção carnal. Conforme o documento oficial, lavrado pela Polícia Civil, o funcionário, que estava de plantão, teria arrombado a porta para abusar da mulher alegando ser um policial. Além disso, ele teria perguntado se a vítima poderia fazer sexo oral nele sob ameaça de “conhecer bandidos lá fora” e que “não adiantava gritar”.

Na nota oficial divulgada hoje a Sesp disse que referente a situação de suspeita de abuso sexual contra a presa, “a Polícia Civil informa que tomou todos os procedimentos cabíveis assim que teve conhecimento do caso”. O caso será encaminhado para a Delegacia da Mulher (DM) de Curitiba.

“O Departamento Penitenciário já foi comunicado e afastou o servidor de suas funções na Central de Flagrantes. O Ministério Público e o Poder Judiciário também já estão cientes sobre os fatos. O Depen determinou o afastamento do agente de cadeia pública e a abertura de um procedimento administrativo junto a Corregedoria para apurar o caso”.

Nos últimos meses a unidade coleciona episódios negativos, como superlotação, fugas e até mesmo principio de rebelião. No dia 6 de março a Tribuna do Paraná noticiou mais uma superlotação, onde 128 presos estavam em um local que suporta de quatro a oito pessoas. Na última transferência que a reportagem acompanhou, no dia 22 de fevereiro, alguns presos relataram a situação precária do local.

A Central de Flagrantes funciona 24 horas por dia e atende ocorrências da Polícia Militar, Guarda Municipal e outros órgãos de segurança. No local, são centralizados todos os autos de prisão em flagrante. Além disso, todos os procedimentos deveriam ser concluídos, relatados pela Central de Flagrantes e encaminhados ao Poder Judiciário no prazo de 24 horas.

‘Bomba-relógio’