Tradição no Centro de Curitiba

Pastelaria Brasileira reabre e clientes aprovam reforma. Veja como ficou!

Foto: Alex Silveira / Tribuna do Paraná.

A nova loja da Pastelaria Brasileira, no Centro de Curitiba, reinaugurou nesta quarta-feira (22). Como a Tribuna havia contado, o tradicional ponto comercial localizado na Rua Cândido Lopes, em frente à Biblioteca Pública, tinha prometido terminar uma reforma ainda em fevereiro. O objetivo era deixar o espaço mais amplo e seguir servindo um dos melhores salgados da capital paranaense.

Nesta tarde de quarta, a reportagem esteve no local para testemunhar o que mudou. Além de uma decoração mais moderninha, os clientes realmente ganharam mais espaço. O sistema de vendas de pastel agora conta com um painel de senhas, para facilitar a espera na hora da fome. Além de mesas com espaço entre elas, a decoração também mantém os tradicionais balcões.

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Apesar da reabertura ocorrer numa Quarta-Feira de Cinzas, neste primeiro dia, os funcionários contaram que nada interferiu no movimento. A equipe da Tribuna também experimentou o pastel de carne tradicional, acompanhado de um refrigerante laranjinha. O salgado continua gostoso, como manda a tradição. O pastel tem mais de 75 sabores e recheios para todos os gostos e bolsos.

Foto: Alex Silveira / Tribuna do Paraná.
Foto: Alex Silveira / Tribuna do Paraná.

Mesmo com o impacto da mudança de estilo, os clientes parecem ter aprovado. “Eu estranhei um pouco, mas achei bonito. Foi um impacto. Estava acostumado com aquele outro layout há tantos anos, desde criança. Mas eu gostei. Tem bastante espaço. A concepção agora é outra. E o pastel é tão bom quanto o da Feirinha do Largo”, disse Ivan Correa, 65 anos, comerciante aposentado.

“Conheço aqui desde os anos 1980. Sempre fui freguês. O pastel continua igualzinho, está uma maravilha. Não existe pastel igual. O layout sempre você acha estranho quando muda. Porque o bacana daqui era a bagunça. A gente estava acostumado”, brinca Ernesto Sperandio, 69 anos, engenheiro civil e professor aposentado.

Sobre o novo estilo da Brasileira, a esposa do engenheiro, a empresária aposentada Maria Cecilia Ferreira Sperandio, 66 anos, disse que saudade sempre fica, mas que pensar no futuro foi uma decisão acertada. “A saudade sempre fica, mas o passado é o passado. Tem que remar para frente. Falávamos sobre isso, quem fica apegado acaba ficando para trás. Eu acho que tinha que dar um pouco mais de conforto para os clientes. Antes, em dia de chuva, por exemplo, ficava apertado. Agora, está legal”, apontou.

Foto: Alex Silveira / Tribuna do Paraná.
Foto: Alex Silveira / Tribuna do Paraná.

Desejo de família

Como contou a Tribuna, o desejo da família de aumentar o espaço era antigo a reforma começou no meio de janeiro deste ano e, desde então, a loja ficou fechada ao público. A “antiga” Pastelaria Brasileira tinha 120 metros quadrados, sendo que o segundo andar era dedicado ao armazenamento dos produtos, além de cozinha e maquinário para a produção da famosa massa do pastel da Brasileira. Por dia, eram 70 kg de massa que serviam, em média, 500 fregueses, que chegavam ávidos para consumir as delícias da casa.

A megaloja da Pastelaria Brasileira tem 20 mesas a mais que a antiga estrutura (antes eram 13 e agora serão 33). Na época da reforma, segundo contou Guilherme Yukio Eberhardt, 24 anos, e proprietário da Brasileira, o local precisava dar mais qualidade aos clientes na hora de saborear os produtos tradicionais da casa.

“Nosso espaço estava saturado e não suportava mais quantidade de pessoas. A pessoa da loja ao lado decidiu entregar o ponto e casou com a nossa ideia. Foi uma grande oportunidade”, comentou Guilherme, filho do Elizeu, falecido em março de 2021.

Para aumentar de tamanho, o imóvel ao lado que era focado em joias e bijuterias foi comprado.

Foto: Alex Silveira / Tribuna do Paraná.

Saudade e homenagem

Em fevereiro de 2020, a reportagem da Tribuna do Paraná acompanhou a rotina dos funcionários e os segredos para fazer na opinião de alguns, o melhor pastel de Curitiba. Na época, Elizeu de Oliveira Eberhardt, proprietário da Brasileira confidenciou que estava nos planos da família abrir uma nova loja ou mesmo aumentá-la. Infelizmente, Elizeu veio a falecer com 53 anos em março de 2021, e deixou um legado de conhecimento e de respeito a todos que frequentam um dos pontos mais tradicionais de Curitiba. “A nova loja é também uma homenagem a ele, a foto tirada pela Tribuna vai ter um ponto especial aqui”, confessou Guilherme.

Elizeu era famoso por estar sempre no balcão servindo os melhores pastéis de Curitiba. Foto: Arquivo/Gerson Klaina.

Elizeu adquiriu o ponto em 1995 desembolsando 100 mil dólares do bolso. Na época, estava com a esposa trabalhando em uma fábrica de automóveis no Japão quando recebeu a proposta do sogro que estava preocupado com terremotos. O cunhado emprestou parte do dinheiro e o casal retornou ao Brasil. Anteriormente, pertencia a Mário e Dona Rosa proprietários originais da pastelaria que foi fundada em 1958 no mesmo endereço que segue sendo um porto seguro para os frequentadores do centro da cidade.

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