Conteúdo pornográfico

Pai e madrasta são denunciados por exploração sexual de irmãs na RMC

Prédio do Ministério Público do Paraná, em Curitiba
Foto: Jonathan Campos | Gazeta do Povo | Arquivo

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou pai e madrasta investigados por diversos crimes relacionados a exploração sexual de duas irmãs adolescentes. O crime acontecia em Curitiba e em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana (RMC), desde 2024, quando as vítimas tinham 13 e 15 anos.

Conforme o MPPR, os crimes começaram após o casal convidar as adolescentes para um passeio. Quando estavam no carro, as vítimas tiveram os rostos cobertos com um capuz, para que não vissem para onde estavam sendo levadas.

Ao chegaram na residência do casal, em Curitiba, foram coagidas a produzirem vídeos pornográficos entre si. A partir dessas primeiras filmagens, as vítimas passaram a ser constantemente chantageadas.

A investigação aponta que o casal passou a exigir que elas continuassem a produzir conteúdos pornográficos na residência delas, em Rio Branco do Sul, entre elas e com a participação de terceiros. Nenhum nome foi divulgado.

Vítimas tinham metas de produção

Os suspeitos teriam estipulado metas diárias de produções que deveriam ser feitas pelas vítimas, sob ameaça de divulgação do material para familiares e pessoas próximas. De acordo com o MP, os suspeitos teriam enviado algumas imagens para a chefe da mãe das vítimas.

O homem investigado, de 63 anos, é pai de uma das meninas. As adolescentes são irmãs apenas por parte de mãe. A investigação também apurou que a dupla ameaçou matar o pai da outra adolescente e a avó materna das duas.

O caso foi denunciado em fevereiro deste ano pela mãe das adolescentes. Ela afirma que também foi ameaçada pelo ex-companheiro.

Pai e madrasta podem responder por seis crimes

Conforme o MP, a denúncia foi recebida pela Justiça e os denunciados, que estão presos preventivamente, são réus por seis crimes: associação criminosa, tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, produção, armazenamento e divulgação de conteúdo de pornografia infantojuvenil, ameaça, estupro de vulnerável e corrupção de menores.

De acordo com órgão, terceiros que tiveram participação nas produções ilegais ainda não foram identificados. O processo corre na Justiça sob sigilo.

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