Punição

Motoristas e cobradores que participarem de paralisação poderão ter descontos em folha

Os motoristas e cobradores que pararem as atividades durante o período em que vão continuar as manifestações pedindo por mais segurança podem ter descontos na folha de pagamento. A outra opção, de acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), é a de compensar com trabalho as horas paradas.

Nesta segunda-feira (11), a categoria parou em toda a cidade e os ônibus não saíram por uma hora pela manhã, das 9 às 10h, e devem parar no período da tarde, das 15h às 16h. As paralisações continuam até o próximo dia 20 de setembro e até lá estão programadas mais seis, todas com duração de uma hora, mas que devem afetar diferentes áreas de Curitiba.

Um ofício encaminhado pelo Setransp ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) expressou solidariedade aos trabalhadores, por conta dos episódios de violência. Em contrapartida, o Setransp avisou que protestos, como paralisações, não vão ser tolerados.

Por isso, o alerta foi dado no sentido de que as horas não trabalhadas vão ser descontadas ou, ao menos, compensadas. “Devemos buscar juntos e com toda a sociedade outras formas de clamar por mais segurança”, disse o documento. Com base neste ofício, cada empresa vai ficar responsável por decidir a medida adotada.

O Sindimoc, por sua vez, disse que a decisão do Setransp ainda não foi discutida entre os trabalhadores. O sindicato vai esperar que algo aconteça, seja o desconto no pagamento ou a compensação, para que aí a situação seja debatida nas portas das garagens, com os profissionais. De qualquer forma, de acordo com o Sindimoc, não vão ser admitidas represálias por parte das empresas.

Ainda conforme o Sindimoc, a comunicação das paralisações foi feita com antecedência para evitar transtornos e que, mesmo com as paradas de uma hora, parte dos ônibus continua fluindo porque na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) os coletivos não param. O sindicato dos motoristas e cobradores disse, ainda, que está seguindo também à risca o interdito proibitório que impede bloqueios que na entrada ou saída das garagens.