Um vazamento de água em um terreno baldio vem causando transtornos para os moradores da Rua Sebastião Alves Ferreira, no Bairro Alto, em Curitiba. Além das grandes poças que inundam parte da rua, populares relatam que o mato alto do terreno estaria implicando em risco para a saúde.
Os moradores, que não souberam explicar se o vazamento é de esgoto ou da rede distribuidora da Sanepar, contam que a água não pára de fluir do terreno há cerca de um mês.
Segundo os populares, a identificação da origem do vazamento estaria protelando a solução do problema. Eles contam que a Prefeitura teria comunicado que só tomaria uma providência após ser definido de onde vem o vazamento.
Segundo Benedito Antônio Cândido, um dos moradores da região, a Prefeitura de Curitiba e a Sanepar já teriam sido comunicadas sobre o problema, porém, nada teria sido feito para conter o vazamento. Além disso, Cândido conta que o dono do terreno é desconhecido, o que poderia dificultar uma possível notificação dos órgãos.
O morador afirma que homens da Sanepar teriam inclusive verificado a qualidade da água e constatado ser água limpa. No entanto, Cândido acredita tratar-se de água de esgoto. “Se fosse água limpa não teria esse odor”, afirma o morador.
A moradora Lurdes Rodrigues Lima conta que os carros que passam na rua espirram a água parada nos pedestres. Segundo ela, as pessoas precisam andar no meio da rua para não molhar os pés. “Tem um colégio aqui perto, e nos horários de saída dos alunos, é muita gente que passa por aqui e tem que ficar dividindo espaço com os carros”, afirma.
A Prefeitura informou que apenas as notificações quanto à rede de captação de água pluvial são de sua responsabilidade. No caso da rede de captação de esgoto e da rede distribuidora de água, a notificação cabe à Sanepar.
A Prefeitura de Curitiba informou ainda que uma equipe do setor de Urbanismo da regional Boa Vista iria verificar se o vazamento seria decorrente da captação de água pluvial.
A Prefeitura também afirmou que, neste caso, a responsabilidade das obras de reparo é atribuída ao proprietário do terreno e que, caso este não as execute, pode ser punido com multa. Segundo a Prefeitura, o dono do terreno também é responsável pela roçada do mato no imóvel. Já a Sanepar informou que não foi notificada do problema e que ainda ontem deslocaria uma equipe para verificar qual seria a origem do vazamento.